A receita da indústria de jogos para celulares dos Estados Unidos passou de virtual zero em 1999 para estimados US$ 497 milhões no ano passado, mas obstáculos estão pesando sobre os negócios, que não têm conseguido superar as expectativas iniciais. Os produtores de jogos dizem que estão tendo dificuldades para aumentar seu mercado ao mesmo tempo em que as operadoras de telefonia móvel, que oferecem seus títulos, os pressionam ao exigir uma fatia maior das vendas.
Mitch Lasky, que dirige o unidade de videogames para dispositivos móveis da gigante Electronic Arts, considerou modelos de negócios imprevistos como "inimigo público número 1" em discurso para desenvolvedores de games esta semana em San Jose, na Califórnia. "Se não posso prever parte com as operadoras, não posso fazer orçamentos com confiança", disse Lasky, que foi presidente-executivo da Jamdat Mobile, maior fornecedora de games para celulares dos Estados Unidos, antes da companhia ser vendida para a EA no início do mês por US$ 684 milhões.
Aumentando os problemas sobre os negócios estão limitações de tecnologia que tornam difíceis a localização e o download bem sucedido de jogos para celulares, que podem custar de US$ 150 mil a US$ 200 mil para serem desenvolvidos. Alguns produtores afirmam que as operadoras estão dando aos consumidores muitos jogos para escolher sem fornecer as ferramentas de busca e compra necessárias para navegar por um mar de ofertas.
As previsões da empresa de pesquisa Screen Digest sugerem que as receitas mundiais com games para celular vão crescer 56%, para US$ 3,2 bilhões, em 2006. Desse total, mais de dois terços serão registradas na Ásia e Europa. Ainda assim, essas projeções são tímidas frente às estimativas divulgadas no início desta década, quando analistas sugeriram que o mercado mundial pudesse atingir US$ 10 bilhões este ano.
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