7.5.07

"A ordem é seguir em frente" diz Mario Sergio Araujo, da TIM Brasil

Convergência Digital

O presidente da TIM Brasil, Mario Cesar Araujo, assegurou em teleconferência para a apresentação de resultados do primeiro trimestre de 2007, realizada nesta sexta-feira, 04/05, que a ordem recebida pela operadora da Telecom Italia foi a de "não mudar nenhuma linha de atuação no país", em função da venda da Olimpia, empresa da Pirelli, e que terá a participação da Telefónica.

Num fato relevante divulgado nesta sexta-feira, 04/05, e confirmado pelo diretor financeiro e de relações com investidores da operadora, Stefano De Angelis, a TIM Brasil deixa claro que os termos do acordo da venda da Olimpia não são ainda conhecidos pela Telecom Italia e que a empresa não faz parte do controle da operadora italiana.

"Todo o processo da venda da Olimpia precisa ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários da Italia. Até lá, nada muda na Telecom Italia", afirmou De Angelis. O presidente da TIM Brasil foi ainda mais incisivo. "A orientação que eu recebi foi a de seguir em frente. De que não há nada para mudar na nossa estratégia. E assim será feito e a própria Telefónica lançou um fato relevante deixando claro que as operações são independentes", afirmou Araujo.

Sobre o mercado brasileiro, Mario Cesar Araujo garantiu que a TIM não vai, pelo menos neste momento, retomar a política de subsídios de terminais em função da entrada da Vivo no mercado GSM. A operadora adotou políticas de preços bastante agressivas com relação ao custo de terminal. Para o Dia das Mães, considerado o de maior movimento no mercado móvel, a Vivo está vendendo celulares a R$ 10, a partir da adesão de planos por um prazo de 12 meses. Quem também adota política de subsídio é a Claro que oferta 'celular gratuito'.

"Nunca digo não porque não dá para afirmar dessa forma, mas a política de subsídio já não era nossa estratégia nos últimos meses e continua não sendo, mesmo com outros concorrentes adotando essa linha", declarou Araujo. "Acreditamos, sim, na oferta contínua. Nessas datas mais festivas, a TIM não lidera, mas temos uma presença pemanente no mercado o ano inteiro. É nisso que continuamos a apostar. Crescimento saudável e planos inovadores", completou o presidente da TIM Brasil.

A operadora mantém uma política de incentivar a migração do assinante pré-pago para o pós-pago, e com relação ao pré-pago, a grande aposta é a venda de chips avulsos, que no trimestre, segundo o diretor financeiro, Stefano De Angelis, registrou um crescimento de 60%.

Ao falar do período de boatos envolvendo a TIM Brasil - os rumores de venda começaram em setembro do ano passado, e apesar disso a operadora registrou um desempenho significativo ficando apenas 2,6% da Vivo, que ainda detém o market share nacional - Mario Cesar Araujo disse que a estratégia foi a de voltar a atenção para os clientes, além de montar uma operação capaz de 'blindar' os profissionais para que mantivessem seus desempenhos, apesar de todas as matérias divulgadas na imprensa.

"Acreditamos que foi a política correta e afirmo isso sem nenhuma modéstia. Foi um trabalho de equipe. E a verdade é: o mercado só quer comprar o que funciona. E essa é a nossa marca. Somos um bom produto", declarou Araujo. Aproveitou ainda a oportunidade para afirmar " que as empresas que queriam comprar e não compraram, agora, devem estar amargando momentos piores do que os vividos por nós nos últimos meses".

Resultados

A TIM Participações S.A., holding da TIM Celular S.A. e da TIM Nordeste S.A., anunciou nesta sexta-feira, 04/05, os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2007. A receita líquida de serviços apresentou novamente um forte crescimento nos primeiros três meses de 2007, atingindo R$ 2,66 bilhões, uma expansão de 44,1% (ou 22,4% considerando a eliminação do sistema Bill & Keep parcial em 1º de janeiro de 2006) quando comparado ao primeiro trimestre de 2006.

A receita bruta da operadora no primeiro trimestre foi de R$ 3,89 bilhões, resultado 34,8% superior ao do mesmo período de 2006. O resultado é creditado ao contínuo crescimento dos serviços de voz e de Valor Agregado (VAS), além do impacto positivo da eliminação do sistema Bill & Keep. Os Serviços de Valor Agregado (VAS) obtiveram um salto de 40,1% na receita bruta, comparados ao primeiro trimestre do ano passado, e atingiram R$ 253,5 milhões.

O EBITDA (resultado operacional antes do resultado financeiro, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 664 milhões, representando um incremento de 15,7% em relação ao primeiro trimestre de 2006. A margem EBITDA foi de 23,4%, em linha com a estimativa da companhia para o ano de 2007. Paralelamente, o EBIT (resultado operacional excluindo-se juros e impostos) registrou forte crescimento de 128% comparado ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 81,8 milhões e margem de 2,9% nos primeiros três meses deste ano.

A TIM, de acordo com o informe, novamente liderou as adições líquidas do mercado, com 896,2 mil novos clientes, que representaram um percentual de 40,1% das adições no País. A base de clientes da operadora no Brasil alcançou, ao final do primeiro trimestre, 26,3 milhões, o que representa uma participação de mercado de 25,8%, ante 23,5% em igual período do ano anterior. Com boa performance, a empresa reduziu ainda mais sua distância para o primeiro lugar em número de clientes, de 10,2 pontos percentuais no primeiro trimestre de 2006 para somente 2,6 pontos percentuais em igual período deste ano.

A operadora obteve contínuo crescimento no segmento Pós-Pago com aumento de 31,4%. Na base atual da operadora, 21,6% são de clientes do Pós-Pago e 78,4% são do sistema Pré-Pago. Também faz parte da estratégia da operadora o rígido controle dos custos variáveis, principalmente dos subsídios. Com isso, o Custo de Aquisição de Clientes (SAC) foi reduzido em 17,3%, comparado ao primeiro trimestre do ano passado.

A Receita Média por Usuário (ARPU) ficou em R$ 34,40, mantendo-se em linha com o terceiro trimestre de 2006, período isento de efeito sazonal das vendas de Natal e que também incluiu os efeitos positivos da eliminação do sistema de Bill & Keep.

A operadora informou ainda que investiu no Brasil R$ 255 milhões nos primeiros três meses de 2007, valor 50,7% superior ao investimento em igual período do ano anterior. O resultado líquido da operadora nos primeiros três meses de 2007 demonstra a rápida evolução do resultado operacional, com redução de 80,8% no prejuízo, que foi de R$ 19,5 milhões no período.

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