24.7.07

TIM também defende desoneração em troca de inclusão

Convergência Digital

O presidente da operadora, Mario Cesar Araujo, afirmou que a preocupação do governo em buscar iniciativas de universalização de serviços para as regiões menos favorecidas economicamente é válida, mas o setor de telefonia móvel é um dos que mais atua nesta área e poderia haver, como também defendeu o presidente da Vivo, Roberto Lima, uma contrapartida em relação à desoneração da carga tributária no setor, que é de 44%, a mais elevada do mundo.

"A desoneração da carga tributária para os serviços de telefonia celular é uma contrapartida que defendo. Foi a telefonia celular que fez o melhor trabalho nos últimos anos de inclusão social neste País. E temos condições de fazer mais quando pudermos ofertar, de fato, banda larga, mas também precisamos de um melhor respaldo do governo. Contrapartidas de investimentos são um caminho", declarou Mario Cesar Araujo, em teleconferência com a imprensa nesta segunda-feira, 23 de julho, para a divulgação dos resultados do trimestre.

Já na sexta-feira passada, o presidente da Vivo, Roberto Lima, tinha defendido uma ação mais contundente do governo em relação à telefonia móvel, com desoneração de tributos em função da inclusão social promovida pelo serviço no País. A TIM tem ótimos motivos para comemorar os resultados do segundo trimestre. A operadora lucrou R$ 34 milhões e adicionou 1,17 milhão de clientes.

A parte de serviços foi a grande responsável pelo bom desempenho da companhia. A receita líquida de serviços foi 40,5% maior em relação ao segundo trimestre de 2006, atingindo o valor de R$ 2.781,9 milhões, consolidando a posição de liderança da Companhia no mercado de telefonia móvel nacional.

O ARPU (Receita Média por Usuário) manteve-se acima da média do setor e atingiu R$ 34,6, um aumento de 0,7% em relação ao primeiro trimestre de 2007. Esse crescimento foi, principalmente, resultado do mix da composição de clientes de alto valor superior à média de mercado.

Com relação à concorrência, a TIM manteve no segundo trimestre uma postura diferenciada -menos apoiada no subsídio e mais baseada na indução ao consumo do tráfego intra-rede, com redução de tarifas e promoções mais agressivas. A TIM fecha o semestre com 27,5 milhões de clientes, com destaque para o segmento Pós-Pago que cresceu 31,5%, representando 22,0% da base total no 2T07.

A obtenção do lucro de R$ 34 milhões foi explicada a partir das melhores práticas operacionais realizadas pela operadora. "A única realmente móvel deste País", afirmou Araujo. Ele também disse que a licença de telefonia fixa comutada - que a operadora conseguiu da Anatel - será usada para fortalecer a oferta de serviços convergentes e voltados à mobilidade. Araujo prometeu que haverá novos lançamentos ao longo do segundo semestre nesta área.

Sem razão

O presidente da TIM Brasil, Mario Cesar Araujo, ao ser questionado sobre a decisão da GVT de ir ao CADE, à Anatel e à SDE para contestar o valor arbitrado para a tarifa de interconexão fixo-móvel, disse que a operadora tem todo o direito de usar os meios necessários para fazer valer os seus direitos.

Mas, contestou as argumentações da GVT.Segundo ele, o processo foi arbitrado pelo órgão regulador já há mais de dois anos, e não há razão, agora, para mudar o modelo.

A GVT contesta o valor de R$ 0,38 cobrado pela interconexão e solicita uma redução de pelo menos R$ 0,10 no custo, baseada em estudo da PriceWaterhouseCoopers. A operadora informou que tinha recorrido ao CADE na divulgação dos resultados do trimestre na semana passada.

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