4.12.07

3G em 700 MHz, no Brasil, só depois de 2015


Convergência Digital

Em comunicado à imprensa, a 3G Americas revela apoio integral à decisão da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que durante a World Radio Conference 2007 (WRC ‘07), aprovou as bandas de 700 MHz (689-862 MHz) como principal freqüência para o padrão IMT - International Mobile Telecommunications, que também inclui a banda larga móvel.

Com a perspectiva de diversos leilões e decisões de agências regulatórias no Ocidente durante e após 2008, a criação do espectro é considerada pela entidade como "muito importante para o crescimento contínuo e a evolução dos serviços móveis avançados".

A banda de 700 MHz aprovada na WRC ‘07 faz parte do processo de padronização do 3GPP (Third Generation Partnership Project) para UMTS/HSPA (Universal Mobile Telecommunications System/High Speed Packet Access) e LTE (Long Term Evolution). Portanto, as operadoras poderão utilizar os 700 MHz para a família GSM de tecnologias em breve.

No Brasil, onde o novo espectro de 1900/2100 GHz será leiloado para serviços IMT em 18 de dezembro, a Anatel, informa ainda a 3G Americas, declarou sua decisão de adiar a adoção de 700 MHz para serviços móveis até 2015, período no qual o país já terá concluído a transição para a TV digital.

Porém, após a decisão da UIT, acredita a 3G Americas, a grande maioria das órgãos reguladores da América Latina deve considerar a banda de 700 MHz para serviços IMT no futuro."Embora as bandas de 850 e 1900 MHz sejam as mais difundidas nas Américas, sempre existe demanda por mais espectro", comenta Erasmo Rojas, diretor para a América Latina e o Caribe da 3G Americas.

"As freqüências de 1700 a 2100 MHz são importantes para a região e depois dessa decisão da UIT, enxergamos um futuro positivo para os 700 MHz também a longo prazo", completa o executivo. O espectro de 700 MHz possui, de acordo ainda com a entidade, ótimas características de propagação, e por esse motivo é muito valorizado pela indústria.

A decisão da UIT permitiu 689-862 MHz para IMT na Região 2, que inclui as Américas, e nove países da Região 3 (Bangladesh, China, Coréia, Índia, Japão, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Filipinas e Cingapura).

Na Região 1 (que inclui a Europa, África e Oriente Médio ao lado oeste do Golfo Pérsico, incluindo o Iraque, a antiga União Soviética e a Mongólia) a faixa de 700 MHz foi excluída para o IMT, entrando em seu lugar a banda de 790-862 MHz.

A 3G Americas, no entanto, lança um alerta: Bandas de freqüências não harmonizadas para serviços móveis podem apresentar dificuldades, como por exemplo, na disponibilidade de equipamentos e o custo adicional de infra-estrutura e terminais, bem como as capacidades de interoperabilidade e roaming.

O ideal, na visão da entidade, seria que as freqüências fossem comuns e consistentes nas Américas para realizar economias de escala e facilitar roaming. A continuidade de ações formais de coordenação em organizações como a CITEL (The Inter-American Telecommunications Commission of the Organization of American States) permite aos provedores, desenvolvedores de aplicativos e fabricantes ter economia de escala, fator essencial para oferecer serviços eficientes aos clientes em todas as camadas da sociedade.

Para ler as contribuições da 3G Americas à Citel sobre as questões de espectro divulgada,visite: http://www.3gamericas.org/English/Standards_and_Regulatory/citel.cfm.




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