19.11.08

Chip é chip e cliente é cliente





CONVERGÊNCIA DIGITAL


Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre onde o lucro líquido da Vivo ficou em R$ 129,8 milhões, o presidente da empresa, Roberto Lima, mandou um recado: A Vivo vai brigar para permanecer em primeiro lugar, mas "não vai vender chip de qualquer maneira. O cliente é quem importa", referindo-se claramente à politica adotada pela Oi para ganhar market share nacional.

Lima reiterou que o papel da Vivo é o de vender serviços capazes de satisfazer a demanda dos clientes. Apesar do recado duro, o executivo foi bastante político - e cauteloso - ao falar dos concorrentes durante a teleconferência de divulgação de resultados do terceiro trimestre para analistas, realizada nesta terça-feira, 11/11.

O presidente da Vivo afirmou, por exemplo, que a Oi adotou uma política bastante agressiva para entrar em São Paulo e classificou a estratégia da concorrente como "hábil e dentro das regras do jogo". Porém Lima repetiu: Cada uma tem um nicho de operação e alvo de clientes.

Em setembro, a base da Vivo atingiu 42.277 mil clientes, com market share de 30%, o que a deixa na liderança do mercado nacional. Com relação à Claro, operadora que ocupa a segunda posição e já declarou através do seu presidente João Cox que vai, sim, brigar para chegar à liderança, Lima observou que "ficar na liderança a qualquer preço pode não trazer os resultados esperados".

Segundo os resultados financeiros divulgados no terceiro trimestre do ano, a Vivo conquistou 1.842 mil novos clientes, com market share de 24,2% em adições líquidas. A operação em GSM atingiu mais de 26,2 milhões de acessos, representando 62% do parque total da operadora.

O lucro líquido da Vivo saltou 204,7% no terceiro trimestre, comparativamente a igual período de 2007, para R$ 129,8 milhões, amparado por um faturamento maior e pelo controle mais rígido das despesas.

Com isso, a operadora de telefonia móvel reverteu o prejuízo de R$ 59,5 milhões anotado entre abril e junho passados, levando a última linha do balanço para um resultado positivo de R$ 326,5 bilhões no acumulado do ano até setembro.

A geração de caixa medida pela Ebitda (margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), no valor de R$ 1,316 bilhão, indicou 39,8% de alta ante intervalo correspondente de 2007.

Com receita líquida de R$ 4,078 bilhões, que traduz um acréscimo de 13,7% em 12 meses, a margem da companhia alcançou 32,3% no terceiro trimestre.





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