30.1.09

Ceará quer popularizar internet até o final do ano

IP NEWS

Com investimento de R$ 55 milhões, o projeto Cinturão Digital tem cabeamento peculiar, de fibra ótica via aérea, utilizando a rede elétrica.
 
A internet atinge hoje, no Brasil, 11% da população, porém, no estado do Ceará este número cai para apenas 4%, dado que levou o governo local a desenvolver um projeto para ampliação do acesso à rede mundial de computadores. O projeto Cinturão Digital, viabilizado por investimentos do Banco Mundial, deve interligar todos os órgão públicos, levando serviços de internet, vídeoconferência, TV Digital, telefonia celular e VoIP a 82% da população do Ceará, até o final de 2009.
 
Com um investimento total de R$ 55 milhões, o sistema é baseado em fibra ótica com instalação aérea, com cabos ancorados nos postes da rede elétrica ao longo do estado, formando um anel para dar suporte à distribuição. Segundo o gerente de contrato da Schahin Telecom, Antônio Edimundo, o cabo é bastante resistente, alguns possuem revestimento de 24 fibras, enquanto outros possuem 12 fibras. “Esta infraestrutura permitirá o transporte da internet de maneira segura e com custos mais baixos”, diz o executivo.
 
Atualmente a velocidade mais alta de internet no Ceará é de 512 kbps, em apenas cinco cidades do estado. Segundo o presidente da ETICE (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará), Fernando de Carvalho Gomes, “o projeto levará internet com velocidade de 30Mbps, conectando escolas, órgão públicos, favorecendo o ambiente de negócios nas empresas, além de chegar ao máximo de usuários finais a custo zero”.
 
A infraestrutura terá 2.300Km de extensão, atingindo 83 municípios no litoral e interior, como Fortaleza, Sobral, Milagres, Tauá, Pacoti, Nova Jaguariba, Juazeiro do Norte, Cascavel, Limoeiro, entre outros. Serão 78 pontos de terminações das ramificações e a distribuição do acesso se dará através da tecnologia Wimax, que fornece ligações de até 70 Mbps, em cada município.
 
Conforme Edimundo, este é o maior diferencial do projeto, pois além da redução de custos, é a primeira vez que o governo cria uma rede distribuída por meio de backbones para ampliar a abrangência. “A execução da Schahin foi pioneira e por isso outros estados, como Pernambuco e Bahia, já estão avaliando iniciativas neste sentido”, finaliza ele.


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