Operadoras disputam contratos dos melhores filmes
Daniela D'Ambrosio e Talita Moreira De São Paulo
Um novo e rentável nicho de negócios uniu dois segmentos poderosos: os estúdios de cinema e as operadoras de celular. Com essa nova arena de marketing, os estúdios ampliam a divulgação do filme. As operadoras, por sua vez, conseguem um incremento imediato de receita - os downloads de imagens e jogos são cobrados - e, de quebra, fidelizam os amantes de personagens da telona.
A disputa para descobrir o próximo filme de sucesso e fechar contratos exclusivos antes da concorrente está acirrada, segundo as próprias distribuidoras. As duas empresas de telefonia móvel que mais investem nesse tipo de parceria são Claro e Vivo. No momento, a Vivo trabalha os conteúdos de filmes como "Star Wars" (Fox) e "Batman" (Warner), enquanto a Claro oferece aos seus clientes subprodutos do infantil "Madagascar" (UIP) , "O Quarteto Fantástico" (Fox) e acaba de fechar uma parceria exclusiva com a Walt Disney do Brasil. A Vivo, por exemplo, já fechou dois filmes que a Fox lança em 2006: "A Pantera Cor-de-Rosa" e "A Era do Gelo 2".
"A visibilidade que o celular proporciona é significativa, além de haver uma sinergia muito grande entre os públicos", diz Camila Pacheco, gerente de promoções da Fox. "Trata-se de uma associação de marcas e imagens muito positiva para as duas partes", afirma José Carlos Ribeiro de Oliveira, diretor-geral da Warner Pictures. A empresa fechou com a Vivo a divulgação do Batman, que já rendeu 500 mil acessos ao site desde a estréia do filme, em 17 de junho.
Nas primeiras parcerias, as operadoras - que normalmente são as que assumem o custo da propaganda- fizeram anúncios mais tímidos para divulgar os filmes. Agora, as campanhas contam com outdoors e enormes cartazes em prédios, espalhados por vários pontos da cidade.
Os estúdios criaram divisões internacionais que começaram a oferecer conteúdo para celular e, agora, se especializaram na produção para telefonia celular. Entre os produtos oferecidos estão papéis de parede (imagens para a tela do celular), músicas do filme adaptadas para os toques de celular e jogos. A Claro, por exemplo, cobra R$ 2 por download de imagem e R$ 10 por jogo. Os trailers de filmes não são cobrados, pois são considerados propaganda. As parcerias contemplam também ações de fidelização - os clientes são levados para pré-estréias e ganham ingressos na compra de outro.
Embora trabalhe com várias distribuidoras, um dos principais focos da Claro hoje é o contrato de exclusividade com a Disney, previsto para seis meses, inicialmente. Apesar de incluir a divulgação dos próximos filmes da Disney, como "Herbie, Meu Fusca turbinado" a força do contrato está nos clássicos, como Mickey, Pateta e Pato Donald. Em 20 dias, a Claro teve mais de 200 mil downloads - um recorde, segundo a operadora.
Um dos maiores sucessos da operadora foi Os Incríveis, da própria Disney, título que lhe rendeu 340 mil downloads em cinco meses. "O atrativo é muito grande, pois são conteúdos com forte apelo emocional", diz Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro.
Ao mesmo tempo em que trabalha com os grandes estúdios, a Vivo está à caça de parcerias com produtores do cinema nacional. Um deles é Luiz Carlos Barreto, que assinou filmes como "O Quatrilho" (1995) e "O Casamento de Romeu e Julieta" (2005). "Queremos que ele faça mininovelas para transmitir pelo celular", diz o vice-presidente de marketing e inovação da Vivo, Luís Avelar.
Os "trailers" de filmes ocupam a quarta posição entre os tipos de downloads feitos pelos clientes da Vivo. Desde que o serviço foi lançado (em dezembro de 2003, com o "Senhor dos Anéis"), os assinantes da operadora baixaram 1 milhão de vídeos de cinema. A Vivo tem acordos com os estúdios Warner, Columbia, Fox e UIP.
Segundo Avelar, a Vivo transmitirá episódios de um minuto da série "24 Horas", produzida pela Fox e conteúdo de canais de televisão, como Globo, Band, Nickelodeon e Discovery.
A disputa para descobrir o próximo filme de sucesso e fechar contratos exclusivos antes da concorrente está acirrada, segundo as próprias distribuidoras. As duas empresas de telefonia móvel que mais investem nesse tipo de parceria são Claro e Vivo. No momento, a Vivo trabalha os conteúdos de filmes como "Star Wars" (Fox) e "Batman" (Warner), enquanto a Claro oferece aos seus clientes subprodutos do infantil "Madagascar" (UIP) , "O Quarteto Fantástico" (Fox) e acaba de fechar uma parceria exclusiva com a Walt Disney do Brasil. A Vivo, por exemplo, já fechou dois filmes que a Fox lança em 2006: "A Pantera Cor-de-Rosa" e "A Era do Gelo 2".
"A visibilidade que o celular proporciona é significativa, além de haver uma sinergia muito grande entre os públicos", diz Camila Pacheco, gerente de promoções da Fox. "Trata-se de uma associação de marcas e imagens muito positiva para as duas partes", afirma José Carlos Ribeiro de Oliveira, diretor-geral da Warner Pictures. A empresa fechou com a Vivo a divulgação do Batman, que já rendeu 500 mil acessos ao site desde a estréia do filme, em 17 de junho.
Nas primeiras parcerias, as operadoras - que normalmente são as que assumem o custo da propaganda- fizeram anúncios mais tímidos para divulgar os filmes. Agora, as campanhas contam com outdoors e enormes cartazes em prédios, espalhados por vários pontos da cidade.
Os estúdios criaram divisões internacionais que começaram a oferecer conteúdo para celular e, agora, se especializaram na produção para telefonia celular. Entre os produtos oferecidos estão papéis de parede (imagens para a tela do celular), músicas do filme adaptadas para os toques de celular e jogos. A Claro, por exemplo, cobra R$ 2 por download de imagem e R$ 10 por jogo. Os trailers de filmes não são cobrados, pois são considerados propaganda. As parcerias contemplam também ações de fidelização - os clientes são levados para pré-estréias e ganham ingressos na compra de outro.
Embora trabalhe com várias distribuidoras, um dos principais focos da Claro hoje é o contrato de exclusividade com a Disney, previsto para seis meses, inicialmente. Apesar de incluir a divulgação dos próximos filmes da Disney, como "Herbie, Meu Fusca turbinado" a força do contrato está nos clássicos, como Mickey, Pateta e Pato Donald. Em 20 dias, a Claro teve mais de 200 mil downloads - um recorde, segundo a operadora.
Um dos maiores sucessos da operadora foi Os Incríveis, da própria Disney, título que lhe rendeu 340 mil downloads em cinco meses. "O atrativo é muito grande, pois são conteúdos com forte apelo emocional", diz Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro.
Ao mesmo tempo em que trabalha com os grandes estúdios, a Vivo está à caça de parcerias com produtores do cinema nacional. Um deles é Luiz Carlos Barreto, que assinou filmes como "O Quatrilho" (1995) e "O Casamento de Romeu e Julieta" (2005). "Queremos que ele faça mininovelas para transmitir pelo celular", diz o vice-presidente de marketing e inovação da Vivo, Luís Avelar.
Os "trailers" de filmes ocupam a quarta posição entre os tipos de downloads feitos pelos clientes da Vivo. Desde que o serviço foi lançado (em dezembro de 2003, com o "Senhor dos Anéis"), os assinantes da operadora baixaram 1 milhão de vídeos de cinema. A Vivo tem acordos com os estúdios Warner, Columbia, Fox e UIP.
Segundo Avelar, a Vivo transmitirá episódios de um minuto da série "24 Horas", produzida pela Fox e conteúdo de canais de televisão, como Globo, Band, Nickelodeon e Discovery.
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