3.10.05

Convergência é novo foco das teles

AE SETORIAL - 03/10/2005
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que celular não pode transmitir vídeo. Mas, na visão das empresas de telecomunicações, o conteúdo será justamente o principal incentivo ao crescimento do setor nos próximos anos. Um estudo elaborado pela Accenture e pela Guerreiro Teleconsult - consultoria do ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato Navarro Guerreiro - aponta a convergência de telecomunicações e conteúdo como a oportunidade para as operadoras. O estudo foi encomendado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), e passa pela última revisão."As empresas de telecomunicações e as que envolvem conteúdo vão ampliar muito suas possibilidades de oferta para os clientes", disse o presidente da Telebrasil, Ronaldo Iabrudi, que participa do evento ITU Americas 2005, que começa hoje em Salvador. "Quem desenvolve conteúdo poderá oferecer telecomunicações, usando parcerias e fazendo investimentos.
Assim como quem está em telecomunicações poderá fazer parcerias, acordos operacionais ou até desenvolver conteúdo. Estamos vendo o novo ciclo de telecomunicações."O modelo para o setor criado para a privatização do Sistema Telebrás termina este ano. O investimento teve forte crescimento de 1998, ano do leilão, até 2001, quando as operadoras fixas anteciparam as metas de universalização, para serem liberadas para atuar em outros serviços.
Naquele ano, as empresas investiram cerca de R$ 20 bilhões. Em 2002, o montante caiu para metade, e ficou assim até 2004. Para este ano, é de R$ 12 bilhões a R$ 13 bilhões.Na terça-feira passada, a Telebrasil fez uma reunião no Rio de Janeiro, em que as consultorias apresentaram o trabalho completo. Participaram cerca de 70 representantes de empresas e oito associações de classe. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) estava lá, o que não era muito comum há pouco tempo. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) foi convidada, mas não participou.O estudo resultou na proposta de um novo modelo .
Foi analisada a situação de vários países. "Precisamos saber quais são as metas para os próximos dez anos", disse Iabrudi, que também é presidente da Telemar. "Seja do ponto de vista da oferta para os clientes, do que o governo e o segmento querem, da inclusão digital, da banda larga e de conseguir maior nível de adoção para a telefonia, para o conteúdo e para computação."O sumário executivo do estudo deve ser apresentado na Futurecom, evento que acontece em Florianópolis no fim do mês. Antes disso, a Telebrasil vai levá-lo ao Ministério das Comunicações, à Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, à Anatel, à Casa Civil e a lideranças parlamentares relacionadas, como os deputados Walter Pinheiro e Jorge Bittar (PT) e Alberto Goldman e Julio Semeghini (PSDB).
Iabrudi destacou que o modelo atual não dá resposta a uma série de questões, como a telefonia rural, a voz sobre protocolo de internet (VoIP) e a convergência entre telefonia fixa e móvel. Na visão do executivo, num país como o Brasil, a inclusão digital deve ser feita principalmente por meio de centros comunitários de serviços digitais.

Um comentário:

Anônimo disse...

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Two new Internet bans may offer insight into the Chinese government's biggest fears.
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