O presidente da América Móvil, Daniel Hajj, chegou segunda-feira ao Brasil para preparar a transição e anunciar ontem aos funcionários da Claro a troca do comando na subsidiária brasileira do grupo de telefonia móvel controlado por Carlos Slim Helú. Sai o também mexicano Luis Cosio, que ficou três anos na função, e entra o brasileiro João Cox. Cosio assume um cargo, ainda não divulgado, na matriz e permanece no conselho de administração da operadora. Cox, 42 anos, torna-se presidente em 1º de agosto, com a missão de conquistar a liderança na telefonia celular. Hoje a Claro é a terceira maior operadora do país, com mais de 22% de participação de mercado, atrás da Vivo e da TIM. Cox foi presidente da Telemig Celular, de 1999 até 2004, período em que a empresa se firmou como uma das operadoras de telefonia celular com melhor resultado.
Antes de ser nomeado presidente, ele já estava na Claro há dois meses, como diretor de suporte ao negócio. Quando entrou, havia a expectativa no setor que estaria sendo preparado para substituir Cosio, embora a empresa tivesse desmentido que isso aconteceria. Como é usual na estrutura de empresas controladas por Slim, a Claro vai manter um homem diretamente ligado ao México na central de comando. O escolhido é o guatemalteco Júlio Porras , de 36 anos. Ele já estava na Claro e continua como o segundo na hierarquia e com muito poder de decisão.
Na Embratel, a fórmula é semelhante, o presidente é o brasileiro Carlos Henrique Moreira (que já presidiu a Claro), mas divide poderes com o mexicano José Formoso. Hajj, que é genro de Slim, retorna hoje ao México. Volta especialmente porque o grupo divulga os resultados da América Móvil hoje após o fechamento dos mercados. Os dados da Claro deverão mostrar boas novidades, uma delas a aquisição de 1,5 milhão de clientes em junho e, segundo projeção de analistas, deve apresentar o segundo lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização positivo. O primeiro foi no trimestre passado.
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