Na avaliação de Mario Cesar Pereira de Araújo, presidente da TIM, a regra que prevê que todos paguem interconexão por todas as ligações torna "o tráfego mais sadio e claro entre as operadoras".
De qualquer forma, a empresa espera uma certa diluição de sua margem Ebitda neste ano, de cerca de 2 pontos percentuais.No caso da modulação horária, entretanto, que prevê o desconto, Araújo salienta que a regra "não estava nos contratos" de concessão e que, ainda que tenha um impacto previsto de menos de 5% nas receitas da TIM deste ano, será, na avaliação do executivo, "mais um caso de transferência de receita das móveis para as empresas de longa distância".Por isso, ele afirmou que a companhia estuda questionar a medida junto à agência reguladora.
"Foi uma surpresa, isso não deveria ter sido colocado agora", reiterou Araújo.
A interconexão é paga por uma operadora para completar chamada na rede da outra e é alvo de uma série de conflitos entre as operadoras fixas e móveis, as primeiras acham que pagam demais e as segundas querem reajustar os valores de tempos em tempos.
Desde o início do ano passado, elas deveriam decidir o reajuste dessa tarifa por meio de livre negociação, mas nunca chegaram a um acordo.
A companhia reiterou o programa de investimentos para o país nos próximos três anos, que será de R$ 5,7 bilhões entre 2006 e 2008.
Os recursos incluem a entrada na terceira geração, mas a companhia não definiu o montante específico para isso. De acordo com Araújo, os recursos envolvem também a adequação da companhia às regras Sarbanes-Oxley, o aumento da capacidade da rede e investimentos em melhoria da cobertura, como em estradas, por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário