20.9.06

Coletiva de imprensa da Claro

Convergência Digital | Ana Paula Lobo

Apesar de não detalhar a estratégia, a Claro quer ser a líder do mercado nacional de telefonia móvel celular no país. Atualmente, a operadora ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, sendo ultrapassada pela Vivo e pela TIM. No final do segundo trimestre, a operadora somava 21 milhões de assinantes e foi a tele que registrou maior crescimento em adições líquidas no primeiro semestre, conforme dados da Anatel.

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 19/09, na capital paulista, o presidente da operadora, João Cox, enfatizou que não há prazo para chegar ao topo, mas que o trabalho desenvolvido na holding é para tranformar a Claro na número 1 do mercado.

"Se formos analisar os números e como a Claro não atua na região norte do país, temos praticamente o mesmo mercado da concorrente que setá no segundo lugar(TIM Brasil). Vamos continuar trabalhando para crescer a nossa base com a oferta de serviços adequados", detalhou o executivo.

Uma das ações da Claro é a de apresentar uma nova campanha publicitária, agora, voltada para o público A e B, de maior poder aquisitivo e capaz de adquirir terminais com mais recursos e serviços, como o Blackberry. A iniciativa, no entanto, não significa um descarte do público do plano pré-pago.

O diretor de operações comerciais da Claro, Julio Porras, sustentou que o subsídio de terminal continuará, sim, sendo um instrumento para a adesão de novos clientes. "O subsídio faz parte de uma agressiva estratégia comercial do grupo América Móvil e não vamos mudar nosso posicionamento", afirmou ele.

Na contramão de outros executivos do setor de telefonia móvel celular, João Cox afirmou que há um grande espaço ainda para crescimento no Brasil, que de acordo com os dados mais recentes da Anatel chegou a 95 milhões de terminais ativados. Para a Claro, especificamente, um dos trabalhos é o de crescer no Nordeste, região onde há ainda um baixo índice de penetração da telefonia móvel. Uma das ações da operadora é o upgrade da rede de serviços, que de acordo com o presidente da Claro, deverá ser concluída até o final do ano que vem.

Legislação em questão

Questionado sobre o posicionamento da Claro em relação à sobreposição de licenças da TIM Brasil e da Brasil Telecom GSM - a Anatel terá que tomar uma decisão final no dia 28 de outubro - João Cox deixou evidente que a operadora irá exigir que as regras do jogo sejam respeitadas. "Cumpre-se a lei. Não sei como a Anatel irá gerir essa decisão, mas as leis são para serem cumpridas. A própria Claro já foi também punida pela suposta sobreposição de licenças em Minas Gerais. Portanto, se valeu para nós, tem que valer para os outros", declarou o executivo.

Sobre uma possível compra da TIM Brasil - o nome do megaempresário Carlos Slim, controlador da Telmex e da América Móvil surgiu como um potencial interessado na aquisição - Cox preferiu não tecer maiores comentários. Para ele, essa é uma decisão do acionista,embora tenha enfatizado que toda e qualquer ação de crescimento é "bem-vinda". Disse ainda que seria razoável que a operadora, se efetivamente posta à venda, fosse comprada por um dos players do país.

O presidente da Claro admitiu também que está em processo de negociação com Embratel e Net para a oferta de serviços "quad play", unindo telefonia móvel, banda larga, telefonia fixa e TV por assinatura. "A negociação existe. Só que ela tem que trazer benefício para o usuário da Claro. É isso que estamos acertando", completou João Cox, sem no entanto, adiantar maiores informações sobre o acordo em discussão. A Net e a Embratel fazem parte da holding América Móvil no Brasil.



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