6.1.07

Nokia, Samsung e Panasonic são processadas por patente de Bluetooth

Computerworld

Crescimento do padrão, que já chegou a mais de 1 bilhão de equipamentos, é ameaçado por ação legal nos EUA.

Justamente quando o número de equipamentos com Bluetooth ultrapassa a marca de um bilhão, um processo ameaça o crescimento da tecnologia de comunicação sem fio de curto alcance.

Uma organização do Estado de Washington processou a Nokia, a Samsung Electronics, a Panasonic na América do Norte e a Matsushita Electrical Industrial por produzir e vender produtos com Bluetooth que infringem pelo menos uma patente sua.

A Fundação de Pesquisa de Washington (WRF, na sigla em inglês), organização sem fins lucrativos que ajuda universidades estaduais de Washington e institutos de pesquisa a comercializar tecnologias e financia projetos dessas organizações, entrou com uma ação em 21 de dezembro, em uma corte distrital de Washington.

A ação surpreendeu membros do Bluetooth Special Interest Group (SIG), que foi criado para controlar e proteger a tecnologia por trás do padrão. As mais de 6 mil empresas participantes concordam em licenciar suas patentes às demais sem custos, segundo Anders Edlund, diretor de marketing do Bluetooth SIG.

O grupo também faz investigações legais para garantir que as empresas possam criar produtos com Bluetooth sem infringir patentes. “Parece ter funcionado até o momento, portanto esse processo é uma surpresa”, disse ele.

A WRF alega que pelo menos uma de suas patentes em radiofreqüência é usada no padrão. A patente em questão foi registrada em agosto de 2003 e concedida em 3 de outubro de 2006. A primeira especificação do Bluetooth foi aprovada em 1998, mas mudanças foram feitas desde então.

A organização pede que a Corte proíba as empresas de importar ou vender produtos com Bluetooth nos Estados Unidos e também pede indenização pela infração da patente.

A Bluetooth SIG ainda não teve tempo de examinar atentamente o processo para avaliar se as acusação são válidas, segundo Edlund.

Este tipo de processo, aberto por empresas que afirmam deter tecnologias essenciais a certos padrões, não é incomum, para Stefan Svedberg, membro do Bluetooth SIG. “A criação do SIG pretende minimizar o risco, mas não é surpresa que existam reclamantes como este por aí”, afirmou.

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