1.2.07

Brasil Telecom lança projeto Iwo-jima

Convergência Digital

Com a reestruturação financeira, que permitiu um equilíbrio econômico da operadora, os atuais gestores da Brasil Telecom definem um plano estratégico para os próximos dez anos. Em 2007, o projeto, batizado de "Iwo-Jima", em função da Ilha do Pacífico onde houve uma reação histórica dos norte-americanos na segunda guerra mundial, prevê um conjunto de ações para a melhoria operacional e da qualidade do serviço prestado ao cliente.

Apesar de falar sobre o "Iwo-Jima", o presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, procurou não revelar maiores detalhes da iniciativa, até porque ela será um dos marcos do "Investor Day" da companhia, que acontecerá em março.

"Qualidade de atendimento ao cliente não é apenas um discurso. É um negócio. Ele nos trará uma maior rentabilidade. Não somos "bonzinhos" quando discutimos melhor qualidade, mas sim, queremos fidelizar o assinante", disse o executivo.

Entre as propostas do projeto está a segmentação dos clientes, com serviços e produtos para cada público definido. "De novo, qualidade de serviço para o cliente não é mais discurso. Sem ela, não há assinante. Não é bondade. É necessidade", detalhou Ricardo K. No "Iwo-Jima", também há uma proposta de transformar a BrT numa empresa-cidadã, assumindo missões de inclusão digital, independente de apoio ou não do Governo.

Numa visão de mais longo prazo, o presidente da BrT diz que a companhia define quatro cenários distintos para o país, mas todos, levando em conta a convergência de serviços. No primeiro, batizado de Terra dos Gigantes, haveriam, no máximo, dois ou três players no setor. "Não vou conjecturar, mas é um cenário possível", disse Ricardo K, sem no entanto, querer falar em espanhóis (Telefónica) ou mexicanos (Telmex).

O segundo cenário é o do mundo móvel, onde cada vez mais o negócio de telefonia converge para a operação móvel, mas aqui, frisa Ricardo K, será preciso ver a questão do preço do serviço e também da regulamentação. "Há pontos para serem discutidos".

O terceiro cenário prevê o duopólio regional, ou seja a presença de uma operadora de longa distância competindo com uma operadora regional. Aliás, ao mostrar esse cenário, Ricardo K. aproveitou para "alfinetar" a Embratel. "Hoje, a operadora de longa distância pode tudo, inclusive, ter TV por assinatura".

O quarto cenário, seria de um equilíbrio de forças, mais parecido com o existente atualmente, mas com serviços convergentes e um novo marco regulatório. "Não consigo deixar de pensar que a Lei Geral de Telecomunicações será revista tão logo o consumidor entenda o valor real da convergência. O Brasil vai mudar, e a Brasil Telecom também mudará", completou Ricardo K.

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