6.3.07

Há mesmo necessidade de uma tele brasileira?

Ótimo post no blog de Sandra Carvalho sobre a real necessidade de se ter um grupo de telefonia brasileiro. Afinal de contas, para quê serviria?
Confira o post:

Hoje em dia o Brasil tem dois grandes players de telecom: o grupo Telmex, mexicano, e a Telefônica, espanhola. Ambos são grandes dentro e fora do país. É preciso uma empresa verde-amarela para se contrapor a eles?

Bem, é isso que sugere o lobby atual da Telemar. Em tempo: lobby no melhor sentido da palavra, de defesa pública e transparente de interesses particulares.

Posições nacionalistas sempre têm público garantido, da velha guarda e até da nova. E sempre acabam resultando em prejuízo para o consumidor e o contribuinte: dinheiro subsidiado (ou doado) pelo governo, ou seja, por todos nós, e barreiras fiscais para defender produtos obsoletos - ou seja, mercadorias ultrapassadas e caras no mercado brasileiro.

Mas vamos ao ponto: que vantagem haveria em ter uma tele brasileira forte? De meu ponto de vista, uma empresa de telecom deve ser avaliada pelos produtos e serviços que oferece, o atendimento que dá ao consumidor, a maneira como trata seus funcionários, o cumprimento dos compromissos assumidos com os acionistas, o respeito às leis e a atenção com todos os seus stakeholders – dos vizinhos aos parceiros de negócios. Não vejo em quê a cor da bandeira ajuda ou atrapalha qualquer um desses indicadores.

É óbvio que o Brasil se beneficiaria de mais competição no mercado de telecom. Isso é quase tão desejável quanto a cura do câncer. Mas faz alguma diferença se essa competição vier vestida de verde-amarelo, roxo ou vermelho?

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