4.3.07

PT rejeita de vez oferta hostil da Sonaecom


Convergência Digital

Os acionistas da Portugal Telecom rejeitaram em assembléia geral realizada nesta sexta-feira, 02/03, alterar o estatuto da companhia em relação ao limite de capital que um investidor pode ter, pondo fim à oferta pública de aquisição apresentada pela Sonaecom, de 11,8 bilhões de euros.

A assembléia foi decisiva, já que a Sonaecom tinha como uma das condições de sucesso da sua oferta pública de aquisição (OPA) acabar com os 10% de limite de votos de cada acionista da Portugal Telecom. A mudança do estatuto foi rejeitada por 46% dos acionistas presentes à Assesmbléia.

"A OPA morreu", disse o presidente-executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, um dos principais opositores da proposta de compra hostil feita pela Sonaecom.

Para conseguir ficar com o controle da companhia, a Sonaecom precisava conquistar mais de dois terços dos votos expressos na assembléia. Uma abstenção a ser considerada foi a do Governo português, que não compareceu para votar. Já estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), que tem mais de cinco por cento, juntou-se a acionistas-chave como o Banco Espírito Santo (BES), e votou contra a tentativa de compra.

"Para a Sonae, sem mudança no limite de voto por acionista, o processo fica por aqui, aceitaremos o resultado com 'fair play", disse à imprensa portuguesa o advogado representante da Sonaecom. A decisão é decisiva para o futuro da Vivo, onde a Portugal Telecom detém 50% do controle acionário da companhia.

O Grupo Sonaecom já havia demonstrado diversas vezes a intenção de sair do negócio. Agora, é preciso esperar uma posição da PT. A Telefônica, que votou favoravelmente à OPA, já que detém ação na PT, já revelou o interesse de ficar com o controle integral da Vivo.

Além da Vivo, a Portugal Telecom controla 100% da Dedic, empresa voltada para operação de call center. Também possui participação minoritária no provedor Universo Online (UOL).

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