Ao revelar os dados anuais do Barômetro Cisco de Banda Larga, estudo  contratado pela fornecedora junto à IDC Brasil, o presidente da companhia, Pedro  Ripper, disse que é mais do que hora de o Governo e a inciativa privada  desenharem um plano de ação concreto para ampliar a oferta do serviço no país,  hoje, ainda restrita aos municípios mais abastados. Em 2006, de acordo com o estudo produzido pela iDC Brasil, o número de  conexões banda larga no Brasil passou de 4,1 milhões para 5,75 milhões, um  incremento de 40,1%. Para Mauro Peres, diretor da IDC Brasil, apesar do amplo  domínio das conexões XDSL, das operadoras tradicionais - que detêm 78,2% da  oferta do serviço - o grande fator de motivação foi a competição entre as  operadoras e as empresas de TV a cabo.  "As empresas de cabo fizeram um trabalho significativo. Tanto é assim que o  usuário doméstico foi quem mais comprou a conexão banda larga", afirmou Peres,  durante a apresentação do estudo à imprensa, nesta quarta-feira, 28/02, na  capital paulista. A competição trouxe ainda outro dado importante: houve uma  redução, em média, de 8% nos preços para os consumidores finais. As operadoras  de cabo responderam por 17, 8% das conexões em 2006. "A competição foi, sim, um fato importante principalmente no segundo semestre  do ano passado", frisou Peres. Outro dado significativo é que houve uma demanda  de velocidades maiores. Os acessos banda larga com velocidades acima de 512 Kbps  passaram de 21% do mercado total, em dezembro de 2005, para 37%, em dezembro de  2006. Segundo o analista da IDC Brasil, essa procura foi também determinada  pelas próprias operadoras que, diante da concorrência, também ampliaram a  capacidade de velocidade com preços mais atraentes.  Houve também um incremento importante na contratação dos acessos superiores a  1Mbps. Eles saltaram de 2% do mercado total para 22% no mesmo período. "É claro  que se formos comparar com outros países, principalmente com o Japão, onde a  venda de banda de 10Mbps é o normal, estamos engatinhando, mas não podemos  deixar de contabilizar o fato positivo", afirmou o presidente da Cisco Brasil,  Pedro Ripper. Agora, o Brasil já tem uma penetração de 3% de banda larga, número  muito aquém do desejado, mas que é um salto qualitativo a ser considerado.  Planejamento estratégico "Se pensarmos em países como a Coréia que a penetração é de 27%, o nosso  número não é o ideal. Mas, é bom lembrar que esse percentual foi atingido depois  de uma forte ação pública do Governo que elegeu banda larga como prioridade de  gestão", destacou o presidente da Cisco Brasil. Nâo à toa, o executivo lamentou o fato de a banda larga ter ficado fora do  projeto de incentivo à infra-estrutura elaborada no Programa de Aceleração do  Crescimento, PAC, do Governo Lula. "O governo pensou na infra-estrutura  convencional, mas a banda larga é a 'estrada' da sociedade do conhecimento. Ela  é tão crucial como as estradas e portos", destacou. Ripper lembrou que o serviço  banda larga tem a mesma taxação imposta ao serviço de voz. "Certamente o Brasil  é o país com a maior carga tributária em cima de telecom no mundo", observou o  presidente da Cisco.  Ripper admitiu que a questão tributária de telecom não é tão forte no Poder  Executivo. Ela está nas mãos dos Estados, já que o principal tributo é o ICMS,  mas observou que o Governo precisa, sim, definir o quanto antes uma política  pública nacional - que fomente a competição - para fazer com que a banda larga  deixe de estar presente em 600/700 municípios mais abastados e possa chegar ao  maior número possível de localidades do país.  Ele também foi objetivo com relação à questão da chamada convergência digital  - que põe concessionárias e operadoras de cabo em caminhos opostos. "é mais do  que hora de revisar a Lei Geral de Telecomunicações. Não dá mais para adiar.  Essa revisão é para já", destacou Ripper.  A quarta edição do Barômetro Cisco de Banda Larga revelou que o número de  conexões banda larga no Brasil passou de 4,1 milhões para 5,75 milhões, um  crescimento de 40,1% no número de conexões em relação a 2005. Isso representa,  de acordo com os dados da IDC Brasil, mais de 1,6 milhão de novas conexões em  2006. Em apenas seis anos de existência no mercado nacional, a banda larga  cresceu 1,639%, o que equivale a mais de 5,3 milhões de novas conexões.  Para o estudo foram consideradas conexões banda larga àquelas com velocidades  superiores a 128Kbps e "always on", ou seja, que permitam conexão em tempo  integral. A meta da Cisco é que o Brasil chegue a 2010 com, pelo menos, 10  milhões de conexões banda larga, o que representaria uma penetração de 20% em  relação à população brasileira.
1.3.07
2007 é decisivo para o Brasil no mercado de banda larga, alerta Cisco
Postado por
Unknown
às
02:51
Assinar:
Postar comentários (Atom)


   
Nenhum comentário:
Postar um comentário