São Paulo - Operadora traça estratégia para reter assinantes fixos, com planos convergentes, e crescer em banda larga e celular com rentabilidade.
A diretoria da Brasil Telecom se reuniu nesta terça-feira (13/03) com investidores e profissionais do mercado de capitais para apresentar os planos para 2007, na sede da companhia, em Brasília. A companhia traçou sua estratégia com base em um cenário provável para os próximos oito anos, construído com a ajuda de consultorias internacionais.
A previsão de cenário para 2015 é de uma queda de participação de voz fixa nas receitas de telefonia no Brasil da média atual de 50% para 30% e um aumento de 25% para 45% na fatia das receitas móveis, segundo Luiz Francisco Perrone, vice-presidente de planejamento estratégico da BrT.
“Podemos esperar também um crescimento percentual do acesso a banda larga e uma manutenção da receita de voz e dados corporativa. Com base nisso, projetamos os eixos principais da nossa estratégia”, explica o executivo.
A operadora vai investir na oferta de serviços convergentes para conter a redução na base de assinantes de telefonia fixa. “Acreditamos que o triple play e o quadruple play dão condições de reter clientes”, explicou o VP. “Além disso, vamos promover ataques segmentados, oferecendo planos alternativos aos clientes”, define.
Na área de banda larga e serviços móveis, os planos da operadora envolvem crescimento, mas com foco na rentabilidade. “Não é interesse apenas ter um número maior de usuários. Queremos crescer com rentabilidade”, reforça Perrone.
Segundo o executivo, a recém-anunciada aliança dos portais de internet do grupo - iG, iBest e BrTurbo - com o Google para links patrocinados, busca e aplicativos deve abrir novas oportunidades. “Vamos nos tornar um provedor da Web 2.0, trazendo melhorias aos clientes de acesso”, diz o diretor.
A operadora prevê para 2007 um aumento de 20% a 25% na base de assinantes de banda larga, que em 2006 cresceu 30%, atingindo 1,3 milhão de assinantes. Já na área de telefonia celular, a previsão é de um aumento de 30% a 35% na base de assinantes chegou a 3,4 milhões de acessos no ano passado, crescendo 56,2%.
De acordo com Perrone, os números da companhia em 2007 devem ficar alinhados com as previsões de mercado do ponto de vista das despesas operacionais, que devem ser da ordem de 6,7 bilhões de reais (queda de 0,3% em relação a 2006), e da margem EBITDA, que deve ser de 35,5%.
A BrT prevê ainda superar a previsão de receita líquida dos analistas para 2007, que é de 10,5 bilhões de reais (alta de 2,2%), bem como o EBTIDA, estimado em 3,7 bilhões de reais (alta de 6,9%) e o CAPEX (investimento de capital), que deve ser de 1,6 bilhão de reais (crescimento de 14%).
A companhia fechou o ano de 2006 com faturamento líquido de 10,2 bilhões de reais, lucro recorde de 470 milhões de reais e com 4,06 bilhões disponíveis em caixa - 50% acima em relação ao ano anterior - o que lhe dá fôlego para aquisições no ano que começa.
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