12.11.07

Analistas acreditam que impacto de 3G irá demorar


Gazeta Mercantil

Os analistas prevêem que a receita com conteúdo para aparelhos móveis irá crescer lentamente, mesmo com a terceira geração de celular. Os ganhos para os participantes desse mercado estão dependentes do tempo que o brasileiro levará para incorporar a cultura de utilização de novos recursos além de voz.

"O impacto da 3G no segmento deve ser muito pequeno no curto prazo", afirma o analista da Frost&Sullivan, Andrés Sciarrotta. Na sua avaliação, um dos entraves será o alto preço cobrado pela operadoras de telefonia.

"Nós não estamos enxergando a entrada da 3G como uma grande revolução", comenta o consultor do Yankee Group, Luiz Minoru Shibata. Ele espera que a tecnologia modifique modelos de negócios e torne o acesso à banda larga individual, mas um impacto grande nos negócios e na receita das empresas envolvidas deve acontecer apenas a longo prazo. "Nossa previsão sobre tráfego de dados é de que o envio de mensagens continua a predominar nos próximos cinco anos", diz. "Por exemplo, serviços de localização vão servir como apoio, não serão dominantes, e a videoconferência não se massifica."

Mas o consultor acredita que o modelo de negócios para o conteúdo no celular deve sofrer mudanças. Assim como um usuário de internet, ao acessar um site do Yahoo, Google e EBay ou conversar por meio de chat, tem a sensação de não estar gastando dinheiro com isso, as operadoras têm de buscar serviços mais baratos. "A única forma de baixar preços para o usuário é ter receita vindo de anúncios", avalia.



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