22.11.07

Governo, operadoras e Anatel tentam negociar saída pra o Wi-Max

Convergência Digital

Na próxima semana, governo, operadoras e Anatel vão tentar, mais uma vez, encontrar uma solução para o leilão das freqüências de 3,5GHz e 10,5GHz, suspenso desde setembro do ano passado. Uma reunião está agendada para Brasília, sob a gestão do Ministério das Comunicações. Independente do embate jurídico do atual edital, agora, há também de se discutir como inserir a questão da mobilidade, em função da evolução da tecnologia.

"Vamos na próxima semana para Brasília e iremos nos reunir com o secretário de Telecomunicações do Minicom, Roberto Pinto Martins, para tentarmos encontrar uma posição de consenso", destacou ao Convergência Digital, o presidente da Abrafix e da Telebrasil, José Pauletti, que participou nesta quarta-feira, 22/11, do Forte 2007, evento organizado pela Febratel - Federação Brasileira de Telecomunicações, no Rio de Janeiro.

Segundo Pauletti, as concessionárias de telefonia fixa em nenhum momento solicitaram à justiça a suspensão do leilão. "Solicitamos e conseguimos tão somente o direito de participar nas áreas de concessão. Quem parou o processo foi a Anatel e o TCU", salientou.

Na reunião da próxima semana, a idéia é que se possa chegar a um consenso para a realização de um novo edital e a venda das licenças de 3,5GHz e 10,5GHz o mais próximo possível do leilão de 3G.

"Não prevejo que isso possa acontecer ainda este ano, mas acredito que possamos realizar o processo de venda no inicio de 2008. O Brasil seria o vencedor dessa empreitada. Novos investimentos serão feitos na infra-estrutura de telecom do país", completou o executivo.

Mobilidade: O que fazer com ela no WiMAX?

Mais do que a questão do embate entre a Anatel, o Minicom e as concessionárias de telefonia fixa há, agora, um novo agravante para o leilão das freqüências de 3,5GHz e 10,5GHz: A própria definição do uso do espectro nessas faixas.

Isso porque com a evolução da tecnologia e a chegada do WiMAX Móvel, que permite mobilidade à tecnologia, há o problema da determinação de que o uso de 3,5GHz e 10,5GHz deverá acontecer tão somente para a oferta de serviços fixos, e não, para móveis - hoje - restritos ao Serviço Móvel Pessoal.

Este item está na pauta da Anatel e já há trabalhos em andamento, principalmente, depois que a UIT determinou que o WiMAX poderia ser serviço de Terceira Geração na faixa de 2,5GHz, que aqui no Brasil, é usada pelas concessionárias de MMDS (TV por Assinatura) e também com restrições legais à oferta do serviço móvel. Mas ainda falta consenso dentro da própria Agência com relação ao tema, o que significa, mais uma pendência, a ser resolvida para que a venda das faixas possa acontecer no País.


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