Convergência Digital
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) reconheceu a faixa de 450 MHz como IMT-2000, ou seja, passível para aplicações de serviços de telefonia móvel de última geração, entre elas, a 3G. Com isso o órgão regulador brasileiro terá que, agora, repensar o uso da faixa, hoje, destinada para uma série de aplicações, entre elas, trunking e serviços de radiotaxi.
Até em função disso, a Anatel, anteriormente, tinha liberado a faixa de 410 a 430 MHz para as aplicações com CDMA 450 MHz, mas como não há produtos que funcionem nessa faixa de freqüência, o Brasil deixou de ser uma oportunidade nesta área.
Na América Latina, já há países como a Argentina onde a faixa é utilizada para serviços de telefonia e de conexão à Internet em áreas não-atendidas pelos serviços tradicionais. O governo destinou a freqüência para cooperativas prestarem serviços em áreas rurais. No Leste Europeu, o uso da faixa também é destinado a pequenas operadoras.
No mundo voltado para a tecnologia CDMA, a decisão da UIT é tão significativa como o foi para o mundo do WiMAX, o reconhecimento da tecnologia também como IMT-2000. No Brasil, a decisão significa mais trabalho para o órgão regulador.
Agora, a Anatel terá que reposicionar o uso das freqüências entre 410 a 450 MHz, sendo que esta última está bastante "poluída" e requisita uma "limpeza" para que possa vir a ser utilizada por operadoras interessadas em prestar serviços nesse espectro.
O fato de a faixa ser liberada para IMT 2000 não significa que quem tem freqüência possa vir a prestar serviços 3G. Isso porque no Brasil, a operação de serviço de telefonia móvel só é possível com a aquisição da licença de SMP - Serviço Móvel Pessoal - o que coloca a faixa de 450 MHz no mesmo problema vivido pela faixa de 3,5 GHz, que está parada porque foi definida para serviços fixos e houve a evolução do WiMAX móvel.
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