30.11.07

Portabilidade numérica muda cenário competitivo na AL, diz Frost & Sullivan


Convergência Digital

A Portabilidade Numérica está chegando na América Latina, com vários países já tendo implementado ou planejando implementar este serviço no mundo. Ela está programada para entrar em vigor em 2008 no México, em 2009 no Brasil e na República Dominicana, e em 2010 no Peru, seguido do Chile, Colômbia e Panamá, que atualmente estão estudando medidas regulatórias para a implementação.

De acordo com uma nova análise da Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, as novas regulamentações vão mudar o cenário competitivo na região. “Com todos os países planejando implementar a portabilidade, a questão é qual operadora assumirá a liderança em termos de estratégia de mercado”, diz Ignacio Perrone, analista da Frost & Sullivan. “Os atuais competidores e as novas empresas que entrarem na disputa precisam ter boas estrégias para capitalizar as oportunidades que a portabilidade vai proporcionar para elas”.

Como os consumidores, nos maiores mercados da região, poderão reter seus números ao trocar de operadora, este fator implica em mais pressão competitiva. Os primeiros 18 meses devem ser os mais difíceis, pois os clientes mais empolgados devem mudar de operadora neste período. As empresas vão tentar avançar neste setor oferecendo produtos de valor agregado e serviços de maior qualidade aos consumidores. Contudo, as estratégias agressivas das novas entrantes são a principal ameaça para as líderes do mercado. Em um esforço para entrar neste segmento, elas vão seduzir os clientes das principais operadoras com a oferta de produtos de preço mais baixo.

“Portanto, tanto as empresas já estabalecidas quanto as entrantes devem implementar estratégias de defesa e ataque como promoção da marca, oferta de produtos e planos de tarifas atrativas, juntamente com boa qualidade de rede e cobertura”, afirma Perrone. Embora a portabilidade torne os consumidores mais sensíveis a questões como qualidade, serviço e preço, ela não altera o churn (taxa de clientes que deixam a empresa). Os principais propósitos são promover a concorrência e evitar a estagnação do mercado.

Para sustentar os esforços em manter o setor vivo, as empresas precisam preparar uma forte estratégia de negócios, com foco no marketing. “A complexidade do processo de implementação da portabilidade e a necessidade de altos investimentos na infra-estrutura de rede força as operadoras a focar em assuntos técnicos e financeiros”, avalia Perrone. “Daí, elas têm de pensar em estratégias de marketing para enfrentar o impacto potencial da portabilidade e se destacarem do restante do setor”, finaliza o analista.



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