10.4.08

Vivo quer negociar inclusão digital


CONVERGÊNCIA DIGITAL

A decisão do governo Lula de, agora, encerrada a fase de negociações com as operadoras fixas, de chamar às móveis para participar do programa nacional de Banda Larga foi recebida com entusiasmo pelo presidente da Vivo, Roberto Lima.

Ele foi cauteloso, apenas, ao falar no que poderia ser posto à mesa para negociação. Mas destacou que a redução dos impostos é um ponto relevante, uma vez que a carga tributária imposta aos serviços de Telecomunicações é, em média, de 42%, a terceira maior do mundo - perdendo apenas para Uganda e Turquia.

"Acredito, sinceramente, que as operadoras móveis terão um papel significativo neste processo. As operadoras fixas não chegam a todos os municípios. Nós podemos chegar. E queremos muito participar. Espero que a convocação do governo aconteça o quanto antes", afirmou Lima, que participou nesta quarta-feira, 09/04, de coletiva de imprensa para a oficialização da incorporação da Telemig Celular à Vivo.

Lima lembrou do processo de inclusão digital feita em Portugal. Lá, o governo e o órgão regulador decidiram trocar o valor da licença de Terceira Geração pela imposição de metas às operadoras para o fomento da inclusão digital. As teles disponibilizaram computadores, com acesso à Internet em banda larga, para a população de menor poder aquisitivo.

"Esse foi um modelo. Podemos ter vários, mas o momento é de sentar e negociar. Há questões importantes para serem tratadas com o Governo. E se as móveis forem negociar, que elas sejam postas à mesa. Há questões anacrônicas no Plano Geral de Outorgas", ressaltou Lima, que no entanto, preferiu não enumerá-las. Segundo o presidente da Vivo, a Acel, entidade que reúne as operadoras móveis, deve gerenciar o processo para que haja uma posição unânime do setor móvel.


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