O GLOBO
A patente dada a um fazendeiro americano considerado por muitos como o inventor do precursor do telefone celular completou cem anos nesta semana.
O escritor americano Bob Lochte, professor do departamento de Jornalismo e Comunicação de Massa da Murray State University, em Kentucky, conta a história de Nathan Stubblefield no livro Kentucky Farmer Invents Wireless Telephone, lançado em 2001.
"Stubblefield foi um bom homem que queria apenas ajudar sua comunidade local conectando as casas, que ficavam um pouco distantes umas das outras, com um serviço telefônico", disse Lochte em entrevista ao tablóide britânico Daily Mail.
O professor disse que é difícil ter certeza absoluta de que Stubblefield realmente inventou o primeiro telefone móvel.
O padre brasileiro Roberto Landell de Moura, por exemplo, recebeu uma patente para o telefone sem fio nos Estados Unidos em 1904. Lochte afirma, no entanto, que Stubblefield começou a trabalhar em sua invenção em 1891 ou 1892, mas esperou 15 anos para pedir a patente.
De qualquer forma, o escritor americano afirma que a tecnologia das duas invenções era diferente e nenhum dos dois aparelhos teria funcionado muito bem.
Tampa de lata de lixo
Durante muito tempo, historiadores do rádio e do telefone debateram a invenção, já que, para alguns, o telefone sem fio criado por Stubblefield seria na verdade um rádio.
Na década de 70, especialistas em mídia e tecnologia examinaram a história de Stubblefield e concluíram que não há conexão entre sua invenção e a tecnologia que se tornou o rádio.
O telefone criado pelo fazendeiro tinha o tamanho de uma tampa de lata de lixo e o alcance de cerca de 800 metros.
Stubblefield, um autodidata, construiu um mastro com cerca de 36 metros de altura no seu jardim.
A tecnologia criada por ele usava campos magnéticos para transmitir a fala de um telefone para outro.
Em uma demonstração pública em 1892, Stubblefield transmitiu música e fala a cinco receptores.
O inventor não foi capaz, no entanto, de obter sucesso comercial com o novo telefone.
"(O telefone) era muito pouco prático e, na época, as pessoas não tiveram a visão de onde (a invenção) poderia chegar", concluiu Bob Lochte em sua entrevista ao Daily Mail.
Herói
Processado por investidores, Stubblefield foi abandonado pela mulher, e seus filhos venderam a fazenda da família.
Stubblefield tornou-se um eremita e passou a viver de doações. Ele morreu em 1928, aos 68 anos.
Mas hoje é tido como um herói em Murray, sua cidade natal.
Em 1992, a cidade comemorou o centenário da primeira demonstração pública do telefone sem fio feita por Stubblefield.
Como parte da comemoração, um professor universitário e um engenheiro criaram réplicas de dois dos telefones que ele inventou e fizeram novas demonstrações.
A patente dada a um fazendeiro americano considerado por muitos como o inventor do precursor do telefone celular completou cem anos nesta semana.
O escritor americano Bob Lochte, professor do departamento de Jornalismo e Comunicação de Massa da Murray State University, em Kentucky, conta a história de Nathan Stubblefield no livro Kentucky Farmer Invents Wireless Telephone, lançado em 2001.
"Stubblefield foi um bom homem que queria apenas ajudar sua comunidade local conectando as casas, que ficavam um pouco distantes umas das outras, com um serviço telefônico", disse Lochte em entrevista ao tablóide britânico Daily Mail.
O professor disse que é difícil ter certeza absoluta de que Stubblefield realmente inventou o primeiro telefone móvel.
O padre brasileiro Roberto Landell de Moura, por exemplo, recebeu uma patente para o telefone sem fio nos Estados Unidos em 1904. Lochte afirma, no entanto, que Stubblefield começou a trabalhar em sua invenção em 1891 ou 1892, mas esperou 15 anos para pedir a patente.
De qualquer forma, o escritor americano afirma que a tecnologia das duas invenções era diferente e nenhum dos dois aparelhos teria funcionado muito bem.
Tampa de lata de lixo
Durante muito tempo, historiadores do rádio e do telefone debateram a invenção, já que, para alguns, o telefone sem fio criado por Stubblefield seria na verdade um rádio.
Na década de 70, especialistas em mídia e tecnologia examinaram a história de Stubblefield e concluíram que não há conexão entre sua invenção e a tecnologia que se tornou o rádio.
O telefone criado pelo fazendeiro tinha o tamanho de uma tampa de lata de lixo e o alcance de cerca de 800 metros.
Stubblefield, um autodidata, construiu um mastro com cerca de 36 metros de altura no seu jardim.
A tecnologia criada por ele usava campos magnéticos para transmitir a fala de um telefone para outro.
Em uma demonstração pública em 1892, Stubblefield transmitiu música e fala a cinco receptores.
O inventor não foi capaz, no entanto, de obter sucesso comercial com o novo telefone.
"(O telefone) era muito pouco prático e, na época, as pessoas não tiveram a visão de onde (a invenção) poderia chegar", concluiu Bob Lochte em sua entrevista ao Daily Mail.
Herói
Processado por investidores, Stubblefield foi abandonado pela mulher, e seus filhos venderam a fazenda da família.
Stubblefield tornou-se um eremita e passou a viver de doações. Ele morreu em 1928, aos 68 anos.
Mas hoje é tido como um herói em Murray, sua cidade natal.
Em 1992, a cidade comemorou o centenário da primeira demonstração pública do telefone sem fio feita por Stubblefield.
Como parte da comemoração, um professor universitário e um engenheiro criaram réplicas de dois dos telefones que ele inventou e fizeram novas demonstrações.
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