30.10.08

WiMAX: mercado quer 3,5 GHz já


CONVERGÊNCIA DIGITAL

O momento é agora, acredita a Intel. O mercado brasileiro está maduro e demanda as soluções WiMAX para banda larga. No que depender da empresa, ela continuará empenhando todos os esforços para auxiliar o governo a promover inovações na regulamentação do uso do espectro em benefício dos consumidores.

"Nosso foco hoje é no segmento de 3,5 GHz. O WiMAX em 3,5 GHz vem impulsionando novos modelos comerciais, novos serviços e aplicações", afirma Peter Pitsch, diretor de Políticas de Comunicações da empresa.

Quanto mais rápido houver a liberação do uso da freqüência de 3,5 GHz, melhor. A partir daí, a própria dinâmica do mercado se encarregará de impulsionar novas demandas por soluções baseadas no WiMAX móvel, em 2,5 GHz. Ou DTV, em 700 MHz. Hoje, a freqüência de 700 MHz é usada no Brasil para TV em UHF.

Na opinião de Pitsch, a Anatel está mais consciente sobre as possibilidades da tecnologia WiMAX em 3,5 GHz e seu potencial para indução do crescimento da banda larga no País.

Começa a crescer também a consciência de que o WiMAX pode e deve ser uma solução complementar ao 3G, como vem acontecendo já hoje em Baltimore, nos Estados Unidos, com a rede da Sprint, em parceria com a Clearwire. Embora ainda aguarde a aprovação do FCC, o órgão regulador americano, está pronta para começar a operar com dispositivos dual-mode 3G/4G.

"O importante é que lá os consumidores estão sendo beneficiados. O custo das conexões é muito baixo. E as velocidades de download e upload, altas", explica Pitsch.

Ex-integrante do FCC, o órgão regulador americano, Pitsch acredita que para assegurar a difusão e o acesso à banda larga de alta qualidade as autoridades reguladoras devem adotar uma nova maneira de gerir o espectro, como vem fazendo hoje o próprio FCC.

"Durante muitos anos se aceitou que o espectro fosse gerido como um bem escasso. Mas a evolução tecnológica vem mudando isso. Tento mostrar aos governos que eles saem ganhando mais se gerirem o espectro com criatividade. Adotando políticas de neutralidade tecnológica e uso flexível", diz ele.

A Intel acredita que os países que gerirem o espectro de forma inteligente estarão em melhores condições de se beneficiarem da revolução que as tecnologias avançadas de rádio farão nas comunicacações de dados. Terão uma melhor conectividade em banda larga para acessar dispositivos mais baratos e um nível de vida mais elevado.

"O Brasil está em um bom caminho. Estamos confiantes. A mensagem que deixo é a de que é preciso ter rapidez e flexibilidade", finalizou o executivo.

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