Claro ajuda América Móvil a duplicar lucro no primeiro trimestre

O Globo

CIDADE DO MÉXICO - A América Móvil, gigante da telefonia celular mexicana dona da operadora Claro, divulgou na terça-feira um lucro líquido de US$ 912 milhões no primeiro trimestre de 2006, uma alta de 114% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa atribiu o resultado a um vigoroso crescimento nas vendas num momento que sua base de assinantes foi ampliada para 100 milhões. O Brasil, depois de Colômbia e México, foi o terceiro em número de adições líquidas no grupo América Móvil, de acordo com o balanço, com 787 mil novos assinantes no período.

Uma pesquisa da agência de notícias Reuters entre analistas havia apontado uma expansão dos ganhos de 56% no período. A maior operadora celular da América Latina, de propriedade do magnata Carlos Slim, disse em um comunicado que os seus clientes de telefonia móvel chegaram a 100,6 milhões no período, 7,3 milhões mais que no primeiro trimestre do ano passado. "O ritmo de crescimento na base de clientes continuou em ritmo forte em toda a região", disse a empresa. "Com 7,3 milhões de acréscimos líquidos no primeiro trimestre... chegamos a registrar nossos melhor trimestre da história."

A América Móvil disse que a sua receita total avançou em 26,4%, para 50,724 bilhões de pesos. Além de operar no México, a empresa possui subsidiárias e filiais nos Estados Unidos, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e Brasil. A Claro conseguiu elevar sua base de clientes em 36,1% nos três primeiros meses do ano, quando comparados a igual período de 2005. A operadora brasileira alcançou um total de 19,44 milhões de clientes no período, mas a receita média desses usuários por mês caiu para R$ 23, uma baixa de 12,4% sobre a receita do mesmo trimestre do ano anterior.A margem Ebitda cresceu 9 pontos percentuais, para 15,6% das receitas, contra os 6,5% registrados no mesmo trimestre do ano passado. Com isso, a companhia reduziu o prejuízo operacional para R$ 161 milhões, enquanto no mesmo intervalo de 2005 registrou perdas operacionais de R$ 257 milhões. A companhia obteve uma receita líquida de R$ 1,49 bilhão entre janeiro e março, cifra 7,2% superior aos R$ 1,39 bilhão do primeiro trimestre de 2005. A geração de caixa (Ebitda) subiu para R$ 233 milhões, enquanto entre janeiro e março de 2005 ficou em R$ 91 milhões.