30.5.07

Costa alerta radiodifusor para não ceder às pressões das teles

Convergência Digital

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, voltou a criticar nesta quarta-feira (30/05) as empresas de telecomunicações, ao afirmar durante a abertra dos trabalhos do 24º Congresso Nacional de Radiodifusão, que o setor de radiodifusão e mídia impressa terão apenas 10% do faturamento de US$ 140 bilhões, previstos para o setor de Comunicações em 2007.

"Se juntarmos todas as redes de televisão, todas as emissoras independentes, rádios, ornais e revistas, no máximo vamos chegar aos US$ 14 milhões de faturamento. Os outros US$ 125 bilhões ficam com as companhias telefônicas", afirmou.

Costa disse que é preciso que o setor de radiodifusão esteja "antenado" com relação à discussão sobre o modelo de convergência tecnologica com o setor de telecom, para interagir sem " perder espaços, ou ceder um só centímetro da sua condição".

Depois da defesa feita à esse mercado, o ministro disse que não estava no evento para manifestar qualquer posição contra qualquer possibilidade de investimento. Mas, sim, para preservar a qualidade da empresa nacional. "Radiodifusão é um empresa nacional", destacou.

O ministro das Comunicações também afirmo que conta com a simpatia do presidente Lula e dos escalões superiores do governo, na defesa que faz por uma empresa de telecomunicações de capital nacional, para que possa concorrer com as de capital estrangeiro.

"Nós temos de ter uma empresa nacional grande, para competir com os grandes grupos que estão vindo de fora e assumindo todo o controle da telefonia brasileira", frisou.

o ministro também anunciou mudanças nos modelos de financiamento para a compra de equipamentos da televisão digital. Empréstimos de qualquer valor poderão ser feitos no JBIC (Banco de Cooperação Internacional do Japão), acabando com o mínimo de R$ 10 milhões sugeridos durante o fechamento do acordo para o Brasil incorporar tecnologias no padrão japonês.

Costa também disse que no BNDES esse montante caiu para R$ 5 milhões para financiamento às emissoras nacionais, R$ 3 milhões para as regionais e R$ 400 mil para as do interior.

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