CONVERGÊNCIA DIGITAL
Além dos investimentos realizados em 2007, quando a operadora aproveitou a sobra de espectro na freqüência de 850 MHz e antecipando-se às concorrentes lançou, comercialmente, em dezembro do ano passado seus serviços de 3G, a Claro deve investir outros R$ 2 bilhões para ampliar a oferta e alcance dos serviços de Terceira Geração, agora que os contratos das novas licenças serão assinados com a Anatel ( nesta terça-feira, 29/04).
João Cox, presidente da Claro, preferiu não detalhar como o montante será aplicado, mas confirmou que R$ 1,4 bilhão serão pagos, agora, em dinheiro, pelas licenças de uso da freqüência de 2.1 GHz em todo o país. "Pelo menos R$ 600 milhões devem ser investidos na expansão da rede 3G da Claro", completou.
Segundo ainda o presidente da Claro, a rede da operadora receberá o maior investimento em expansão de sua história. "Começamos a atuar em cinco Estados nos quais não estávamos (na região nordeste e sudeste do País), ampliamos nossa atuação no triângulo mineiro e ainda faremos melhorias na cobertura 3G", detalhou Cox.
Afirmando que as concorrentes, especialmente, as operadoras de telefonia fixa, que oferecem serviços de banda larga, estariam interessadas em saber por onde a Claro iniciará sua expansão, Cox preferiu não revelar quais cidades passarão a contar também com os serviços 3G da operadora. "No final de maio, início de junho, já haverá novas redes em funcionamento", limitou-se a dizer em coletiva de imprensa realizada na capital paulista, nesta segunda-feira, 28/04, para a divulgação dos resultados do primeiro trimeste do ano.
Reclamações e Ajustes finos
Os serviços 3G da Claro, aliás, foram um dos responsáveis pelo aumento do índice de reclamações por parte dos usuários. Juntamente com as alterações no SMP, o lançamento da 3G gerou mais ligações para a central de atendimento da Claro. "Como todo novo produto, houve a necessidade de adaptações, dúvidas de instalação [no caso dos modens], entre outras coisas", explicou Cox.
O executivo contou que a operadora possui mil estações rádio-base instaladas no Brasil. Só em São Paulo, segundo ele, são 400. "Em um processo natural, fomos identificando com o tempo, as regiões de maior concentração de usuários de banda larga móvel", sinalizou Cox, explicando que esse desconhecimento inicial acabou por gerar o congestionamento ocasional da rede 3G.
"É natural que passássemos por uma fase de adaptação para entender e identificar os locais de maior consumo. Nossos concorrentes seguramente passarão pela mesma dificuldade", atestou o executivo.
Cox acrescentou que parte dos investimentos da Claro em 3G será destinada para a ampliação da capacidade e do alcance do serviço nessas regiões de maior utilização, que ele preferiu não identificar, muito provavelmente para não facilitar a vida dos concorrente.
O presidente da Claro observou ainda que as mudanças no Serviço Móvel Pessoal e a campanha, liderada pela Oi pelo Desbloqueio de terminais, também ocasionou uma procura maior no Call Center da empresa.
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