O mercado de telefonia móvel celular no Brasil promete começar o novo ano bastante agitado. Não bastando os rumores em torno da venda ou não da TIM, agora, o órgão regulador de Portugal aprovou a oferta de compra da Portugal Telecom feita pela Sonaecom por 11,1 bilhões de euros (US$ 14,7 bilhões).
Caso a aquisição se oficialize, a Vivo, onde a Portugal Telecom detém 50% do controle, poderá ter novo acionista ou ficar sob a gestão integral da Telefônica, empresa que possui os outros 50%, no ano que vem. A Sonaecom, em várias ocasiões, não revelou interesse em continuar com os negócios no Brasil.
Nesta sexta-feira, 22/12, de acordo com a Agência Lusa, o órgão regulador da competição em Portugal aprovou a oferta de compra da Portugal Telecom, proprietária de 50% da Vivo, líder do mercado de telefonia móvel celular, pela Sonaecom, por 11,1 bilhões de euros (US$ 14,7 bilhões), em uma decisão final que abre caminho para a maior aquisição já registrada naquele país.
A agência aprovou a intenção da Sonaecom de integrar suas operações de telefonia móvel com as exercidas pela Portugal Telecom. Só que para isso, a empresa terá que vender ou a rede de telefonia fixa da Portugal Telecom ou a rede de cabos. As restrições fazem parte de um conjunto de 19 condições impostas para a aprovação do negócio.
"A autoridade de competição decidiu não se opor à fusão PT/Sonaecom, mas impõe restrições direcionadas à manutenção da competição", informou a agência em um comunicado. O processo de aquisição deve levar ainda alguns meses. A Sonaecom tem agora 10 dias úteis para registrar sua oferta junto ao regulador do mercado acionário português, a CMVM.
A oferta está contingenciada à aprovação pelos acionistas da Portugal Telecom de uma regra que permite que qualquer investidor na empresa tenha mais de 10 por cento dos direitos a voto, algo que não é permitido atualmente pelas regras da companhia, e aceitação da proposta por pelo menos 50,01 por cento dos acionistas da Portugal Telecom.
Até o momento, os acionistas da Portugal Telecom rejeitaram a proposta da Sonaecom, considerada muito baixa. No entanto, a Sonaecom, informam os jornais de Portugal, não estaria disposta a aumentar o valor da proposta.
Mas analistas acreditam que, agora, com a aprovação oficial do negócio pelas autoridades reguladoras, a empresa possa reavaliar sua estratégia. Concretizada a fusão, a Sonaecom ficaria com 60% do mercado português de telefonia celular. A Vodafone seria a única concorrente, apesar de a Agência reguladora ter afirmado que planeja abrir espaço para o surgimento de uma nova operadora no Brasil.
Aqui, o momento é de expectativa. Rumores no mercado dão conta que a Telefónica está preparada para comprar os 50% da Portugal Telecom tão logo a operadora confirme a venda da sua operação à Sonaecom.
* Com informações da Agência Lusa e da Reuters
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