6.1.07

Dez tendências para o mercado brasileiro de telecom em 2007

IDG Now!

Teleco aponta os rumos que o Brasil deve tomar na adoção do 3G, da TV Digital e do WiMax, entre outras previsões para o ano.

Licitação que possibilitará a chegada do 3G, ampliação do uso comercial do WiMax, conversão para cobrança por minuto na telefonia fixa e estréia da TV digital. Esses são alguns dos fatos que deverão mudar o cenário do mercado brasileiro de telecomunicações em 2007, segundo o Teleco, instituição especializada em números do setor. Confira as previsões da organização para a área de telecom no ano que começa:

Terceira geração: O novo regulamento de freqüências para celulares da Anatel prepara o cenário para a licitação em 2007, com previsão de início de operação de redes 3G já no primeiro semestre de 2008. A Claro, no entanto, já estaria em condições de lançar seus serviços 3G na faixa de 800 MHz, antecipando-se às demais operadoras.

Com o acesso em banda larga oferecido pelas redes 3G, usuários mais intensivos como as corporações poderão implementar novas aplicações mais sofisticadas e dar maior mobilidade para seus colaboradores. A soma desses fatores pode gerar uma nova onda de atualização das redes de celulares e a entrada no país de terminais mais modernos.

WiMax: A disponibilidade mais efetiva de equipamentos de acesso baseados na tecnologia sem fio WiMax e a licitação de freqüências prevista para 2007 devem impulsionar a oferta de novos serviços de banda larga. É possível que as restrições impostas pela Anatel às concessionárias de telefonia fixa para a aquisição de freqüências em suas áreas de concessão sejam revistas, para permitir que a licitação se realize.



TV Digital: Definido o padrão, o próximo passo é o desenvolvimento dos set-top boxes ou conversores. O desenvolvimento terá impacto direto nos transmissores a serem utilizados pelos radiodifusores, que também necessitarão de adaptações. Apesar do prazo de seis meses previsto pelos radiodifusores para iniciar as primeiras transmissões experimentais, o sucesso do sistema depende dos equipamentos.

Telefonia celular: A disputa no mercado deve continuar em 2007 e a Tim deve ultrapassar a Vivo tanto em market share como em receita provavelmente no primeiro trimestre deste ano. Entretanto, a Vivo está implantado uma rede GSM, e com essa iniciativa poderá minimizar ou estancar sua perda de market share ao adotar um modelo de custos que permitirá maiores investimentos em marketing para competir.

De outro lado, há especulações de que Tim, que tem apresentado um excelente desempenho, encontra-se em processo de venda e, caso venha a ser comprada pela Claro – provável compradora, na avaliação do mercado – transformará a empresa na maior operadora celular do País. A Unicel, que conquistou na justiça o direito de adquirir freqüências na região de São Paulo – Capital, poderá iniciar a implantação da sua rede e, assim sendo, movimentar o mercado.

Telefonia fixa: A expectativa em relação às operadoras de telefonia fixa fica por conta das reorganizações societárias por que passam Telemar e Brasil Telecom. Qual será o caminho a ser tomado pela Telemar após o fracasso do plano de pulverização de ações? Quem irá comprar a participação da Telecom Italia na BrT? A regulamentação será mudada para permitir a fusão da Telemar com a BrT?



Conversão pulso minuto: A grande questão que se apresenta é quem deverá pagar a conta, caso nenhuma “fórmula” de consenso venha a ser encontrada. Tanto os consumidores quanto as operadoras querem manter as condições atuais ou até melhorá-las, e não pretendem abrir mão de seus direitos. Entretanto, algum tipo de acordo poderá ser obtido para compensar o eventual “perdedor”.

Portabilidade numérica: Planejada para antes da introdução do 3G, a definição é esperada para os primeiros meses de 2007. A disputa pela administração do serviço e da rede promete ser acirrada entre players internacionais e nacionais. Mais importante ainda será acompanhar a reação das operadoras de celular frente a uma ameaça de crescimento do churn (perda de clientes da base).

VoIP: A entrada de operadoras de maior porte nesse mercado em 2006 e a oferta de serviços de banda larga em maior escala devem impactar o mercado, tanto pelo aumento da oferta do serviço como pela possível consolidação de operadoras de menor porte. A exemplo do que ocorreu em 2006, a oferta de serviços VoIP deverá cada vez mais ser feita em pacotes de serviços que poderão incluir TV por assinatura ou IPTV e acesso a Internet. Apesar disso, o VoIP ainda não deve substituir a telefonia convencional,no mercado de consumo.

Operadoras virtuais de serviços (MVNO): Já são uma realidade nos EUA e Europa, e têm sido uma forma de buscar crescimento nos mercados de telefonia celular. No Brasil, ainda não há iniciativas para a implantação desses serviços, e tem sido dito que a Anatel ainda não concluiu o arcabouço regulatório necessário para permitir a operação dessas redes virtuais.

Consolidação de fornecedores: A consolidação da Alcatel-Lucent estará totalmente concluída em 2007 e a Nokia-Siemens iniciará o processo em breve, apesar de ameaçada por discussões a respeito da contabilidade da Siemens. Espera-se ainda algum movimento envolvendo a Nortel em 2007. A necessidade de consolidações para fazer frente a um mercado com menos clientes, no entanto, sugere que mais consolidações virão ainda em 2007, envolvendo grandes fabricantes Europeus e Americanos.

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