O Secretário de Tecnologia Industrial, Jairo Klepacz, está deixando o Ministério do Desevolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo os rumores que correm nos bastidores de Brasília, ele deverá ocupar uma Assessoria Especial na Casa Civil da Presidência da República.
Sua missão, segundo as especulações que circulam na capital federal desde a última sexta-feira, será comandar as ações de governo voltadas para temas como a convergência tecnológica, TV digital e rádio. Klepacz passaria a ocupar a função de interlecutor do governo junto à indústria.
Como Secretário de Tecnologia Industrial, Klepacz já atuava nesse segmento, discutindo a formulação de uma política industrial necessária para alavancar o desenvolvimento desses setores. Porém, como interlocutor da Casa Civil, ganha força junto à Esplanada dos Ministérios, uma vez que, agora, falará em nome da ministra Dilma Rousseff.
Prós e contras
Jairo Klepacz não é uma unanimidade dentro do governo, quando se trata de traçar o seu perfil. Alguns técnicos afirmam que o secretário "é um tocador de projetos", que não gosta de engavetar nada. Além disso, em reuniões faz prevalecer seus pontos de vista.
No Conselho do Funttel, por diversas vezes, posicionou-se contra os projetos de interesse do Ministério das Comunicações, criando uma zona de atritos naquela pasta. Também bateu de frente com as indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus, quando defendeu que a produção dos setop-boxes deveria ser aberta para todo o país.
Aparentemente o perfil perfil dinâmico do secretário foi o que agradou à ministra Dilma Rousseff nos últimos meses. Isso acabou gerando agora o convite para ele trabalhar na Casa Civil.
Porém, em outras instâncias de governo, o secretário é visto como uma pessoa "vaidosa e cheia de empáfia" e que teria metido o ex-ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, "em algumas saias-justa". Creditam a ele, por exemplo, a idéia de lançar a meta de exportações de US$ 2 bilhões para o setor de software, que sequer chegou perto.
Klepacz também é apontado pela malograda decisão do governo de conceder incentivos fiscais ao setor de software, através da antiga MP do Bem, desde que a empresa detivesse 80% do seu faturamento com exportações. Exigência que, para os padrões do Brasil, virou motivo de piada entre as empresas.
Pesa à favor do secretário, o fato de o ministro Furlan nunca ter se queixou publicamente das ações dele. Então elogios ou críticas à parte, o fato é que Jairo Klepacz está galgando, por mérito próprio, o mais alto degrau na escala de poderes em Brasília. Trabalhar hoje com a ministra Dilma Rousseff é sinal de prestígio político. Seus desafetos não terão como evitar essa situação.
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