O Globo - Economia
Andam em polvorosa os bastidores do mercado brasileiro de telecom e internet. De um lado, as operadoras da telefonia fixa tentam apressar a publicação pelo governo do decreto formalizando a substituição das metas de instalação de Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) pela expansão do acesso à banda larga nas escolas públicas do país. O ministro Hélio Costa, das Comunicações, chegou a anunciar a decisão, mas acabou suspendendo-a temporariamente por causa da pressão dos provedores de internet. O setor ameaçou ir à Justiça contra o Ministério, por considerar que a medida faria das teles prestadoras de serviços de internet, função atribuída por lei aos provedores.
Duas semanas atrás, representantes de Abranet, Global Info, Abramulti e Internetsul participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados. Com o Ministério das Comunicações, as entidades se comprometeram a apresentar em 30 dias um projeto para universalização da internet nas escolas.
Já as operadoras participarão de audiência na Câmara nas próximas semanas. Elas defendem a publicação do decreto governamental o mais depressa possível. As empresas alegam que, por semana, gastam R$ 3,5 milhões no projeto dos PSTs, que começam a ser inaugurados em agosto.
Os recursos são suficientes para levar banda larga a 140 mil alunos de 280 escolas brasileiras. Em todo o país, há 172 mil escolas à espera do acesso à web. A intenção é transferir para a universalização da internet R$ 550 milhões que iriam para os PSTs nos próximos três anos.
Teles tentam apressar internet nas escolas, mas provedores não abrem mão da participação
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