15.1.08

3G ofusca WIMAX no Brasil


ADNEWS

A batalha vem sendo travada há anos, mas começou a ganhar contornos mais claros, pelo menos para o mercado brasileiro. Trata-se da disputa para saber qual tecnologia se estabelecerá melhor: 3G ou WiMax? O recente leilão realizado para definir licenças de freqüência entre a ANATEL (Agência Nacional das Telecomunicações) e as operadoras fez com que a primeira delas saísse na frente na corrida e fosse cotada com capacidade para ofuscar a chegada do WiMax. Enquanto uma entrará com força no Brasil a partir deste ano, a outra ainda depende da burocracia e marcos regulatórios que ainda impedem sua atuação no País.

As tecnologias são semelhantes, apesar de estabeleceram concorrência. Ambas oferecem acesso à Internet, sem fios, e transmissão de dados em alta velocidade, de 1Mbps a 2Mbps. Basicamente, a 3G já tem certa fama ao redor do mundo. É uma tecnologia madura já implantada em escala na Europa e conta com vários terminais a preços mais baios. Por sua vez, o Wimax ainda não tem atuação epandida e grandiosa mundo afora. Entretanto, conta atualmente com o apoio da Sprint Nextel, terceira maior operadora do mercado americano, empresa que anunciou recentemente investimentos da ordem de 5 bilhões de dólares até 2010 em redes.

A Brasil Telecom é um dos exemplos que refletem a insegurança de empresas nacionais quanto ao WiMax. A operadora declarou estar em dúvidas se continua ou não a apostar na novidade. Afirmou pensar em direcionar investimentos para a recém-chegada 3G, já que a BrT está autorizada para operar dois lotes adquiridos no leilão.

O quesito espectro representa vantagem para a Terceira Geração. Sua faixa de freqüência mundial é de 1,9 MHz/2,1 MHz, enquanto o da concorrente pode ser encontrado em 2,5 GHz, nos EUA e Ásia, ou 3,5 GHz em continentes como Europa e América do Sul.
Para o diretor do Yankee Group para a América Latina, Luis Minoru, "a ausência de uma freqüência única implica perda de escala, roaming e interoperabilidade".




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