CONVERGÊNCIA DIGITAL
A TIM não quer mais ser apenas reconhecida como uma operadora móvel com serviço fixo. Ela quer marcar posição na telefonia fixa residencial e tirar clientes da Oi, Brasil Telecom, Telefônica e do NetFone, da Embratel/Net. Para isso, a operadora está lançando o TIM Fixo, serviço que concilia o tradicional telefone de mesa - ainda necessário para as camadas de menor poder aquisitivo para entender a telefonia - com um produto mais inovador e capaz de receber, por exemplo, mensagem de texto.
A primeira leva de terminais foi produzida pela Motorola, mas já há negociações com outros players. A estratégia é agressiva: O terminal sairá a R$ 69,00, não há taxa de habilitação e o pacote de 250 minutos sairá a R$ 29,90 - minuto a R$ 0,12 - substituindo a tradicional assinatura básica. Serviço, inicialmente, estará disponível em cerca de 300 municípios.
"O TIM Fixo é uma estratégia que já vem sendo traçada na operadora. Na verdade, começamos com o TIM Casa Flex, baseado no terminal móvel. Agora, com o TIM Fixo temos um aparelho de mesa, tradicional para os lares, mas com inovações como a possibilidade de receber SMS, identificador de chamadas, conferências, entre outras, porque queremos mostrar que somos, sim, um forte player na telefonia fixa local, que não tem concorrência", afirma Marco Lopes, diretor de Marketing da TIM Brasil.
Ao ser questionado se o produto estava chegando ao mercado para evitar o churn (troca) de assinantes em função da portabilidade numérica - as operadoras móveis são as mais afetadas até o momento pelo serviço, que dá direito ao usuário a migrar de operadora e manter o número de telefone - Lopes disse que, evidentemente, há, sim, um forte interesse da TIM de aproveitar a oportunidade da portabilidade numérica.
"Estamos começando em 300 cidades, mas vamos expandir a oferta para toda a nossa área de cobertura. Não vamos ficar restritos aos grandes centros. A proposta é sermos uma opção onde o monopólio existe há tempos.Vamos conjugar telefonia fixa, móvel e acesso à banda larga, através da nossa rede de Terceira Geração", reforça Lopes.
Certo é que o TIM Fixo já chega nas localidades onde a portabilidade numérica está disponível comercialmente - oito regiões do país e terá expansão progressiva. A portabilidade numérica será nacional a partir de março do ano que vem.
Nos grandes centros, os backbones - anunciados pela TIM durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre - serão utilizados para suportar à oferta do TIM Fixo. "Eles nos darão cobertura, qualidade e capilaridade", afirmou o executivo, sem no entanto, entrar em maiores detalhes.
Quiosques e subsídio
Se ao longo das últimas duas semanas, Oi e Claro travaram um embate maior com relação à portabilidade numérica, o TIM fixo desponta, agora, como uma nova personagem nesta disputa pelo assinante de telefonia. A TIM afiou suas garras. O aparelho telefônico de mesa, ainda uma necessidade para as camadas de menor poder aquisitivo, terá um custo de R$ 69,00.
A primeira leva de terminais foi contratada junto à Motorola. O terminal foi customizado e virá com a marca TIM. O diretor de Marketing da TIM Brasil, no entanto, ressalta que a operadora já negocia com outros players e que terá um portfólio diferenciado de aparelhos para ofertar ao consumidor, entre eles, telefones de mesa sem fio.
Além do preço do aparelho - significativo para o momento - o serviço será lançado com um pacote de 250 minutos por R$ 29,90 mensais em ligações locais para números fixos e tarifas especiais para ligações de longa distância nacional e internacional. Não haverá cobrança de taxa de habilitação e instalação.
"O preço do nosso minuto será de R$ 0,12, posso afirmar que é, hoje, o mais barato do mercado na telefonia fixa local", diz Lopes. Os clientes da TIM têm ainda outras vantagens adicionais que é a oferta de um desconto adicional de 30% nas ligações para qualquer móvel da operadora.
Para reforçar a venda do TIM Fixo, a TIM lançará ainda quiosques para a venda do produto em todo o país, para complementar a comercialização tradicional dos produtos da operadora - lojas próprias e cadeias especializadas.
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