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Mais de 3 milhões de pessoas já usam a rede 3G na América Latina, sendo 57% deste montante, brasileiros. Apesar do potencial do mercado para utilizar tecnologias de banda larga móvel, especialista avalia que as operadoras necessitam que a Anatel libere novos espectros para a chegada da 4G.
Na Suécia e na Finlândia as redes já são de quarta geração, baseadas no sistema LTE, que proporciona velocidades de até 14 Mbps. No Brasil, onde mais de 1,5 milhões de pessoas já utilizam a 3G, as operadoras não possuem autorização para trabalhar com freqüências superiores a 2,1GHz e, portanto, não podem oferecer a mesma 4G.
Diga-se de passagem, que o País ainda está vivendo as primeiras experiências em 3G, com as redes HSDPA, capazes de prover banda larga a velocidades de até 1 Mbps. Esse tipo de rede é uma evolução que foi massificada em 2008, depois de uma demanda reprimida que, quando liberada, fez com que os brasileiros representassem 57% dos usuários de internet móvel da América Latina. “Apesar da situação financeira do mundo e da recente experiência do brasileiro com a 3G, a expectativa é que a 4G chegue ao Brasil em 2010”, diz Erasmo Rojas, diretor da 3G Americas para a América Latina e Caribe.
Por outro lado, o executivo ressalta, que apesar da demanda brasileira ser a mais crescente desta região, o principal entrave para a evolução do serviço é a liberação de novos espectros.
Ele exemplifica que na Europa as operadoras de telecomunicação podem utilizar a mesma faixa de frequência das emissoras de rádio, o que permite a abertura da banda em um nível dez vezes maior do que o daqui. Mas o Brasil não deve seguir essa linha no primeiro momento. Segundo Rojas, o País segue o modelo americano e terá um upgrade no sistema com a importação do HSDPA Plus (3,5G), que será lançado este ano nos Eua, provendo banda larga de até 2Mbps de velocidade.
Além da liberação de um espectro adequado por parte da Anatel, o executivo diz que a crise financeira também é um freio para os investimentos das operadoras, que precisam primeiro obter o retorno sobre investimentos das aplicações atuais, já que todas as grandes operadoras brasileiras lançaram o 3G.
Momento comercial
“O momento da chegada do LTE ou HSDPA Plus vai depender da demanda de cada país. A tendência das operadoras vai ser esperar a consolidação do consumo para ampliar o portfólio, afinal, em momentos de crise os usuários demoram mais para trocar de aparelhos e serviços”.
O aumento do dólar e a contenção de créditos geram inflação nos preços dos aparelhos, diminuindo o número de vendas. Deste modo, as operadoras passarão a oferecer maiores coberturas para investir em novas tecnologias após a fidelização dos clientes.
“Hoje já existem 290 milhões de usuários 3G no mundo, mas em meio a um momento de instabilidade, as empresas devem esperar para introduzir a quarta geração. Esperaremos a resposta do consumidor”, finaliza ele.
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