"Chega a ser ridículo o papel da ABTA em defesa da Telmex, uma empresa monopolista no mundo todo, que está comprando tudo no Brasil e que está com esse falso discurso de combate ao monopólio", diz Leila Loria, diretora superintendente da TVA, em relação à decisão tomada nesta quarta, 8, pela associação dos operadores de TV por assinatura. A ABTA ratificou em assembléia sua oposição à entrada das teles no mercado de TV paga nos mercados em que atuarem. A TVA anunciou na semana passada a fusão com a Telefônica. A Embratel, controlada pela Telmex, é acionista da Net Serviços, a principal associada da ABTA.
"Quando a Sky e a DirecTV anunciaram a fusão, a Net disse que se os operadores do céu estavam se unindo, o mesmo precisava acontecer com os da terra. Só que eles querem ser os únicos operadores da terra. Vamos ter um duopólio no mercado de TV paga do Brasil, sendo que a Globo é sócia das duas empresas operadoras e fornece a programação das duas", diz Loria.
Interesses
"Acho que a decisão de hoje foi clara para mostrar que a ABTA se presta a um grupo que quer criar um monopólio na TV paga terrestre, o que prejudica o universo de dezenas de pequenos operadores que buscam alternativas para suas operações e estão à venda. Agora, com essa postura da ABTA, só a Net poderá comprá-los", diz a executiva. Ela acredita que a ABTA deveria, como fez em todos os momentos de sua história, se manter neutra sobre um assunto que envolve conflito de interesses entre seus associados. "Antes da Telmex chegar, a ABTA não agia dessa maneira. Além disso, a associação está se colocando acima da lei, porque está deliberando sobre uma interpretação que cabe à Anatel e ao Cade darem".
Posições anteriores
Questionada sobre o fato de a TVA também ter apoiado a manifestação feita pela ABTA contra a compra da WayTV pela Telemar e também contra o DTH da Telefônica, Loria explicou que o posicionamento de sua empresa é coerente com o que a associação sempre defendeu, que era a possibilidade de entrada das teles desde que em parceria com empresas de TV paga. "Isso vem desde a época em que discutimos um novo modelo para o setor. Sempre achamos que o modelo de parceria, em que um operador de TV paga continua atuando em conjunto com uma tele, é o melhor". No caso específico da WayTV, a TVA diz ter se manifestado contra porque existe uma questão legal. "A Lei do Cabo diz que a concessionária de telefonia não pode controlar, e é isso o que acontecerá no caso da WayTV", diz Leila. No caso da manifestação da ABTA contra o DTH da Telefônica, a TVA reconhece que é uma tese juridicamente fraca. "Apoiamos porque não interessava criar um clima de conflito dentro da associação, mas a iniciativa não foi nossa". Em relação ao seu próprio caso, Leila Loria diz que toda a operação de compra da TVA pela Telefônica segue todos os limites legais e que eles serão respeitados pelo tempo em que a lei assim impuser. "Agora, querer aplicar a Lei do Cabo ao MMDS é forçar a barra!". Segundo Leila Loria, da forma como a ABTA está se posicionando, "está garantido o monopólio na TV paga, com uma empresa de DTH e uma empresa de cabo, ambas com 75% do mercado e a mesma programação. Isso é monopólio".
A TVA ainda está avaliando as medidas jurídicas cabíveis contra a associação e a possibilidade de sair ou não da ABTA.
"Quando a Sky e a DirecTV anunciaram a fusão, a Net disse que se os operadores do céu estavam se unindo, o mesmo precisava acontecer com os da terra. Só que eles querem ser os únicos operadores da terra. Vamos ter um duopólio no mercado de TV paga do Brasil, sendo que a Globo é sócia das duas empresas operadoras e fornece a programação das duas", diz Loria.
Interesses
"Acho que a decisão de hoje foi clara para mostrar que a ABTA se presta a um grupo que quer criar um monopólio na TV paga terrestre, o que prejudica o universo de dezenas de pequenos operadores que buscam alternativas para suas operações e estão à venda. Agora, com essa postura da ABTA, só a Net poderá comprá-los", diz a executiva. Ela acredita que a ABTA deveria, como fez em todos os momentos de sua história, se manter neutra sobre um assunto que envolve conflito de interesses entre seus associados. "Antes da Telmex chegar, a ABTA não agia dessa maneira. Além disso, a associação está se colocando acima da lei, porque está deliberando sobre uma interpretação que cabe à Anatel e ao Cade darem".
Posições anteriores
Questionada sobre o fato de a TVA também ter apoiado a manifestação feita pela ABTA contra a compra da WayTV pela Telemar e também contra o DTH da Telefônica, Loria explicou que o posicionamento de sua empresa é coerente com o que a associação sempre defendeu, que era a possibilidade de entrada das teles desde que em parceria com empresas de TV paga. "Isso vem desde a época em que discutimos um novo modelo para o setor. Sempre achamos que o modelo de parceria, em que um operador de TV paga continua atuando em conjunto com uma tele, é o melhor". No caso específico da WayTV, a TVA diz ter se manifestado contra porque existe uma questão legal. "A Lei do Cabo diz que a concessionária de telefonia não pode controlar, e é isso o que acontecerá no caso da WayTV", diz Leila. No caso da manifestação da ABTA contra o DTH da Telefônica, a TVA reconhece que é uma tese juridicamente fraca. "Apoiamos porque não interessava criar um clima de conflito dentro da associação, mas a iniciativa não foi nossa". Em relação ao seu próprio caso, Leila Loria diz que toda a operação de compra da TVA pela Telefônica segue todos os limites legais e que eles serão respeitados pelo tempo em que a lei assim impuser. "Agora, querer aplicar a Lei do Cabo ao MMDS é forçar a barra!". Segundo Leila Loria, da forma como a ABTA está se posicionando, "está garantido o monopólio na TV paga, com uma empresa de DTH e uma empresa de cabo, ambas com 75% do mercado e a mesma programação. Isso é monopólio".
A TVA ainda está avaliando as medidas jurídicas cabíveis contra a associação e a possibilidade de sair ou não da ABTA.
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