Levantamento realizado pelo Yankee Group com 610 entrevistados nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, apura que a portabilidade numérica - serviço que terá de estar disponível em todo o país em março de 2009 - atinge em cheio os consumidores de maior poder aquisitivo tanto na telefonia fixa como na móvel. São esses clientes, os mais seduzidos com a possibilidade de trocar de operadora, mantendo o número do telefone.
O estudo do Yankee Group foi contratado pela ClearTech, empresa que está interessada em atuar como Entidade Administradora da base de dados de referência, companhia que cuidará de todo o billing e repasse de informações entre as operadoras. A licitação para a contratação da Entidade Administradora terá que ser publicada pela Anatel até o dia 15 de agosto.
A pesquisa revelou um dado que as operadoras de telefonia fixa já estão cientes: a portabilidade numérica impacta os seus negócios, especialmente, junto àqueles clientes de maior poder de compra. Tanto é assim que entre os entrevistados - 59% em São Paulo, 44% em Belo Horizonte e 35% no Rio de Janeiro - demonstraram interesse em trocar de operadora, desde que possam manter o número do telefone.
No levantamento fica atestado que são os clientes que mais gastam com telefonia que querem a portabilidade – 44% dos que gastam acima de R$ 100 mensais. Melhor tarifa, qualidade e serviços agregados são os fatores mais citados para a troca – 97%, 89% e 79% respectivamente, em média nas três praças. Dos usuários dispostos a pagar pela troca de operadora, a média de gastos que fariam com a operação é de R$ 33,49.
Na telefonia celular, o impacto também é grande. Os analistas do Yankee apuraram que os consumidores dos serviço móvel são mais vulneráveis à troca. Em São Paulo, por exemplo, 57% trocariam de operadora se pudesse manter o número, em Belo Horizonte, 50% e Rio de Janeiro 36%.
Aqui, o mesmo problema da telefonia fixa persegue às móveis: Também são os usuários que mais gastam com celular que querem a portabilidade – 36% dos que gastam acima de R$ 100 a cada mês. Os atributos exigidos para a escolha da operadora são os mesmos que os da telefonia fixa, entretanto, os usuários de celulares valorizam muito mais o aparelho que os da telefonia fixa.
A tecnologia não é um aspecto muito valorizado por estes consumidores na hora da troca de um aparelho celular. Eles estão dispostos a pagar em média R$ 24,13 pela manutenção do número ao mudar de operadora.
*Com informações da Assessoria da ClearTech
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