O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu arquivar a CPI que autorizou a criação, no último dia 19, para investigar todos os contratos assinados entre a Anatel e as empresas do setor de Telecomunicações desde 1997, quando ocorreu a privatização do sistema Telebrás.
Pressionado por parlamentares do PT, PSDB e do DEM, além de outras legendas, pela intempestividade da proposta, o presidente da Câmara, recuou. E graças a uma artimanha regimental, Chinaglia anunciou o arquivamento da comissão, que já era chamada na Câmara dos Deputados de "CPI da Anatel".
A desculpa para o recuo foi que o requerimento de criação do deputado Wellingoton Fagundes (PR-MT), continha uma assinatura irregular, entre as 171 necessárias para criar a comissão.
Segundo o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), o suplente de deputado federal, Diógenes Luiz Baségio (PDT-RS) assinou o requerimento. Mas como já deixou a Câmara dos Deputados, invalidou a proposição, o que permite que, agora, Chinaglia possa corrigir o erro político que cometeu.
O presidente da Câmara foi muito criticado por diversos parlamentares, que assinaram o requerimento de Wellingon Fagundes, sem ler, e depois só tomaram conhecimento de que estavam convalidando a criação de uma CPI para investigar a privatização da Telebrás, quando o tema foi anunciado oficialmente pela Mesa Diretora da Câmara.
Dentre os parlamentares que assinaram o requerimento sem saber do que se tratava, destaca-se José Anibal (PSDB-SP), que tentou retirar depois a sua assinatura, mas já era tarde demais. Pelo menos outros 40 deputados do PSDB e do Democratas (DEM) também assinaram o documento sem saber que se tratava de uma CPI para investigar o setor de Telecomunicações.
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