Em um ano, Vivo perdeu 5% do mercado

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SÃO PAULO - A Vivo conseguiu manter a fatia de mercado em maio ligeiramente acima de 28 por cento.

Um ano antes, a operadora, controlada pela Portugal Telecom e pela Telefónica, tinha praticamente 33 por cento do mercado brasileiro de celulares. Uma queda de 5 pontos percentuais.

Para a analista Vera Rossi, do Morgan Stanley, a agressividade da Vivo nas ofertas de GSM, tecnologia em que estreou este ano, garantiu a melhor participação da operadora no total de novos clientes de maio.

"Estamos positivamente surpresos, mas vamos observar a consistência desse movimento e o impacto que terá sobre o resultado do segundo trimestre", afirmou a analista em relatório.

Do total de 2.215.299 novas adesões em maio, a Vivo abocanhou 30,7 por cento ou 680 mil. Em seguida veio a Claro, do grupo mexicano América Móvil, com 28,5 por cento dos novos assinantes e, logo depois, a TIM Brasil, com 26,2 por cento.

Esses dados mantiveram a TIM, controlada pela Telecom Italia Mobile, em segundo no mercado brasileiro, com 25,7 por cento, e a Claro em terceiro, com 24,3 por cento.

O mercado brasileiro de telefonia móvel chegou a 105.090.535 usuários em maio, crescimento de 13,76 por cento em 12 meses. No mesmo intervalo de comparação um ano antes, a taxa de expansão havia superado os 25 por cento.

Mas o dia das Mães, celebrado em maio, marcou uma inversão no movimento de queda de novas adesões que vinha se percebendo desde o início de 2007, com alta de 23,54 por cento em relação ao mesmo mês de 2006.

Em janeiro, o número de adesões havia sido quase 37 por cento inferior a 2006; em fevereiro, 21 por cento menor; em março, 28 por cento de queda; e em abril, 38,5 por cento abaixo. No acumulado do ano até maio, o resultado ainda era inferior ao de 2006: 5,2 milhões de novos usuários contra 6,2 milhões um ano antes.

Para a analista do Morgan Stanley, a controladora da Claro, a América Móvil, continua a ser a melhor aposta entre ações de operadoras de telefonia móvel na América Latina.

A TIM também tem boas perspectivas, avalia a analista, ponderando que "é importante ficar de olho na fatia de novas adesões nos próximos meses para identificar se a administração da empresa continua a buscar resultados operacionais fortes".

As ações da Vivo subiam 0,73 por cento às 12h42, em 9,61 reais, enquanto a TIM caía 1,54 por cento, para 7,01 reais, e a Bovespa perdia 0,79 por cento, para 54.209 pontos.