Ao participar da Cúpula Brasil-União Européia, em Portugal, o presidente Lula deverá discutir a possível criação de uma operadora de telecomunicações 'luso-brasileira', que reuniria as concessionárias Brasil Telecom e Oi, e a Portugal Telecom, com o governo de Portugal. Em entrevista ao jornal Diário de Negócios, o ministro das Obras Públicas,Transportes e Telecomunicações de Portugal, Mário Lino, classificou a iniciativa como 'um bom projeto'.
"[A criação de um grupo de telecomunicações luso-brasileiro] é um projecto empresarial que junta duas economias, a portuguesa e a brasileira, que têm laços culturais muito fortes", declarou Mário Lino aos jornalistas portugueses nesta terça-feira, 03/07. Segundo ele, a economia brasileira é 'emergente e com grande futuro'.
A idéia de uma operadora 'luso-brasileira' começou a ser defendida pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele atesta que o Brasil precisa de uma grande empresa nacional para atuar na área de serviços de telecomunicações. A parceria com uma operadora portuguesa é bem-vinda, na opinião de Costa, porque há ligações históricas entre os dois países.
Essa operadora - que reuniria Brasil Telecom e Oi no Brasil e, muito possivelmente, a Portugal Telecom - só poderá acontecer, de fato, se houver uma mudança no marco regulatório do setor no país. A PT, que controla 50% da Vivo, também teria que vender sua participação na operadora móvel.
Enfim, há muita costura para ser feita na área, mas o projeto deverá ser, ao menos, debatido na visita que o presidente Lula fará a Portugal, a partir desta quarta-feira, 04/07, para participar da Cúpula Brasil-União Européia. Na cerimônia de posse do novo presidente da Anatel, Embaixador Ronaldo Sardenberg, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, não perdeu a oportunidade.
Ele voltou a frisar a necessidade de uma reforma urgente no marco regulatório do setor - a Lei Geral de Telecomunicações, que completa 10 anos no próximo dia 28 de julho - e também ressaltou que o País precisa de uma grande empresa nacional para não ficar 'sob a tutela' de empresas estrangeiras na área de serviços de telecomunicações.
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