10.8.07

Telefônica rebate NET

Convergência Digital

O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, rebateu o presidente da Net, Francisco Valim, com relação à intenção da operadora de lançar o produto de TV por Assinatura via DTH, com a possibilidade de o cliente montar a sua grade de programação.

Valim, ao participar do painel sobre Serviços Convergentes realizado na ABTA 2007, nesta quarta-feira, 08/08, reiterou o que já tinha dito na teleconferência de resultados do segundo trimestre da Net: Que esse modelo de opção de grade foi 'um solene fracasso' nos países onde houve a tentativa.

Segundo Valim, o custo de programação é o mais elevado de uma operadora de TV por Assinatura e o maior desafio de quem comanda uma operação na área é a de administrar esse custo da melhor forma possível.

O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, não quis 'bater boca'. Mas disse aos jornalistas, que a operadora é entrante no negócio, e exatamente por isso, acredita ter o direito de estabelecer regras próprias para o novo jogo que a operadora planeja atuar.

"Acreditamos na flexibilização dos pacotes e vamos seguir na nossa estratégia", disse Valente, que no entanto, não adiantou maiores detalhes do projeto. O presidente da Telefônica, no entanto, admitiu que ainda negocia para ter a Globo - essa negociação é antiga, mas não chegou ainda a um consenso - na sua grade de programação.

A dura negociação entre a Globo e a Telefônica contradiz a posição defendida pelo diretor da Globasat, Alberto Pecegueiro, que participou do Painel Serviços Convergentes, representando os produtores de conteúdo. O executivo admitiu ver com 'bons olhos' o desembarque das teles no mercado, até porque, é mais uma opção para a venda de programação.

Brincando com a platéia, o diretor da Globosat diz que não há qualquer problema "de o conteúdo não ser mais o bolo, mas sim, a cereja, desde que essa cereja seja devidamente valorizada pelo seu papel", ou seja, em outras palavras, que o valor pago pelo conteúdo da programação não caia.

Com relação à DTHi, empresa com a qual a Telefônica fechou uma parceria comercial para iniciar a oferta de serviços de TV por Assinatura, Valente disse que, neste momento, não há ainda o interesse em exercer o direito de aquisição do controle. "A parceria continua como está, não vamos mudar", finalizou o executivo.

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