Os 1.761 provedores de acesso à internet do País vivem hoje na encruzilhada entre a discussão regulatória, a disposição do Congresso Nacional em definir um modelo capaz de coibir os crimes virtuais e a falta de recursos financeiros para investir em novos serviços.
Durante o “Encontro Nacional do Provedores de Serviços Internet”, que acontece nesta terça-feira, 06/11, em São Paulo, em paralelo ao IP Communications 2007, líderes do setor demonstraram forte preocupação com o futuro deste modelo de negócio.
O presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso), Eduardo Fumes Parajo, lembrou que, apesar de o brasileiro estar entre os usuários que mais ficam conectados (22h30) e o País ocupar o 6º. Lugar no ranking mundial de conexão à web, a falta de competição entre as operadoras de telecomunicações atrasa o desenvolvimento tecnológico, inflaciona os preços e prejudica os usuários finais.
“Somos favoráveis à regulamentação do setor, ao incentivo à livre concorrência, desde que sejam respeitados os papéis de cada empresa. As operadoras não deveriam invadir o mercado dos provedores de acesso à internet com estão fazendo”, disse.
A entidade quer isonomia entre as empresas concorrentes no provimento de serviços de valor adicionado perante seus fornecedores de telecomunicações, principalmente quando os concorrentes pertencerem a grupos com participação de operadoras, a exemplo do IG, que pertence à Brasil Telecom. “Hoje as teles com os seus provedores já dominam o mercado”, denunciou.
Para Manoel Santana, presidente da Abramulti, a situação dos provedores de acesso à internet hoje é extremamente complexa, pois tratam-se, na grande maioria, de empresas de pequeno porte, com pouco ou nenhum fôlego para investimentos próprios. “E também não temos linhas de crédito disponíveis para aportamos em novos serviços”, concluiu.
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