7.11.07

Qualidade em serviço VoIP ainda é precária

Convergência Digital


A qualidade do serviço oferecido para a rede VoIP não corresponde ao modelo ideal vendido pelos fabricantes e fornecedores de telefonia voz sobre IP. A tese defendida pelo professor da Escola Politécnica da USP, José Roberto de Almeida Amazonas, é que há uma inverdade em relação ao discurso de marketing dos prestadores no mercado mundial.

Em sua palestra: QoS em rede VoIP, realizada nesta terça-feira, 6/10, durante o evento IP Communications 2007, o professor mostrou que por falta de conhecimento e de um padrão de qualidade melhor definido, os procedimentos adotados são insuficientes para gerenciar e ter um controle total do serviço definido.

“O primeiro fator é que os prestadores não trafegam em redes próprias, com isso é impossível ter o controle total do tráfego de voz. Ou seja, quando o usuário tira o telefone do gancho, não há garantias de que aquela ligação trafegará com qualidade”, explica.

O professor, especialista e responsável pela disciplina VoIP no programa de pós-graduação da USP, é cético quanto ao produto comercializado no mercado. “Eu não sou favorável ao serviço que é vendido ao usuário final. Isso porque o VoIP de hoje não tem qualidade, e por isso é barato. O dia em que as empresas oferecerem algo realmente bom, pode ter certeza que elas encarecerão a oferta”, alfineta Amazonas.

Solução para leigos

Segundo Amazonas, os parâmetros de QoS dependem de fatores como: perda de atraso, pacote, abertura de transferência e banda larga. Este último item é defendido pelos gestores de rede como um dos meios para se conseguir alavancar qualidade e quantidade de usuários VoIP. “É discurso para rico, pois estes sim têm condições de comprar mais banda”, dispara. Para o professor, todos os mecanismos são essenciais, sendo assim é imprescindível analisar a influencia de cada um.


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