CONVERGÊNCIA DIGITAL
A Anatel vai tratar a questão da implantação da portabilidade numérica, programada para iniciar a partir de 1º de setembro, em "regime de urgência". O anúncio foi feito pelo embaixador Ronaldo Mota Sardenberg, presidente da Agência, após reunião com os representantes das operadoras fixas e móveis nesta sexta-feira, 08/08, na sede do órgão regulador, em Brasilia.
Segundo o embaixador, a Anatel intensificará sua atuação no processo. Além da Superintendência de Fiscalização que já vinha acompanhando o tema, outras duas superintendências passarão a acompanhar mais de perto os testes que ainda serão realizados no 'quartel-general' montado em São Paulo, desde o último dia 15 de julho, quando o processo foi deflagrado.
Em virtude dos testes não estarem tendo resultados satisfatórios, Sardenberg disse que algumas empresas pediram diferentes tipos de adiamento, de forma que se pudessem ajustar o sistema fora do serviço comercial. O presidente da Anatel garantiu que um adiamento está, neste momento, descartado, mas reiterou que o assunto será levado ao Conselho Diretor, para que o colegiado se prepare para tomar alguma decisão.
"As empresas têm uma obrigação e precisam cumprir com o prazo acordado e buscarem soluções técnicas para os problemas que estão enfrentando", opinou. Para Sardenberg, a portabilidade numérica promoverá a competição no Brasil porque impactará no preço, na qualidade do serviço e no atendimento ao consumidor.
"Existe um interesse público, se a portabilidade numérica não entrar no dia 1º de setembro, isso trará prejuízo de conforto para o usuário, além da perda de credibilidade da Agência", desabafou.
O presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, reconheceu que a questão é de interesse público. Ele disse ainda que as empresas reiteraram apenas a necessidade de estudar o assunto com serenidade.
"Na verdade os testes estão mostrando que as dificuldades são muito maiores do que se imaginou", frisou o executivo. Ricardo K., no entanto, garantiu que a a Brasil Telecom não pediu o adiamento do início da operação à Agência Reguladora.
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