23.8.07

Bittar afirma que é prejuízo para o Brasil ter operadoras questionando leilão de 3G

Convergência Digital

Ao participar da Rio Info 2007, evento que reúne executivos do setor de Tecnologia da Informação, nesta terça-feira, 21/08, o deputado federal Jorge Bittar, do PT/RJ, assumiu que preocupa a postura adotada pelas teles móveis com relação ao edital de 3G. Segundo ele, qualquer ação fora dos trâmites do setor trará um prejuízo significativo ao mercado.

"É um tiro no pé das próprias operadoras se elas levarem suas argumentações contra o edital à Justiça. Posso entender que é um direito argumentar e ponderar, mas precisamos evitar que se repita a história do leilão do WiMAX", ponderou Jorge Bittar, do PT/RJ. O leilão do WiMAX está suspenso há praticamente 12 meses em função da reação das concessionárias de telefonia fixa ao edital também desenhado pela Anatel.

Segundo Bittar, o Brasil, mais do que nunca precisa da realização desse leilão para atrair novos investimentos e fomentar também a venda de software - que é o grande carro-chefe na indústria de TI - no mercado interno e externo.

As operadoras Claro, Vivo e TIM contestaram algumas regras estabelecidas no edital, especialmente, o fato de o leilão das sobras do SMP estar condicionado ao das vendas da Terceira Geração, onde há uma meta de universalização por parte do governo.

"Espero, sinceramente, que não venha a ocorrer ações na Justiça. Isso só nos causaria problema e colocaria o Brasil num ponto muito ruim em relação a outros países, inclusive, na própria America Latina", destacou Bittar.

A consulta pública sobre o edital de 3G terminou a meia noite desta segunda-feira, 20/08. Agora, a Anatel irá compilar as contribuições e definir o edital final. Previsão é realizar o leilão até o final de novembro.

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