O presidente da Vivo, Roberto Lima, presente ao leilão das sobras do SMP, realizado em Brasília, na sede da Anatel, nesta terça-feira, 25/09, disse que não anteciparia o modelo de negócio que a empresa adotará com relação à venda das licenças de Terceira Geração.
A operadora atuou de forma bastante agressiva no leilão das sobras do SMP, principalmente com o foco nas freqüências da banda L, oferecendo preços cujos ágios em relação ao valor inicial estimado no edital da Agência Reguladora, em alguns casos, ultrapassaram a casa dos 50%.
Indagado se essa estratégia de mirar as freqüências na banda L, pagando um preço acima do estipulado, não seria revertida mais à frente no processo de compra de licenças da Terceira Geração, sobretudo na banda J, Roberto Lima desconversou.
O executivo, no entanto, admitiu que a banda J deverá ser da Vivo por entender que os concorrentes não irão criar entraves jurídicos e burocráticos com a Agência Reguladora em função do pareamento das freqüências.
"Eu acho que é interesse de todos que a Vivo fique com a Banda J para evitar todas as questões que possam surgir de interferência junto à Anatel, mas não vamos antecipar essa questão", completou o presidente da Vivo. Roberto Lima não quis falar sobre o leilão de Terceira Geração.
A única área da banda L que não foi arrematada pela Vivo é a que compreende os municípios de Londrina e Itamarana, no Estado do Paraná.
Nessa área, Vivo e Claro travaram uma dura batalha, vencida pela Claro, que pagou um ágio superior a 1200% em relação ao preço mínimo fixado pela Anatel (R$ 400 mil). No total, a Claro pagou R$ 5,8 milhões. Outra região que não interessou à Vivo na banda L foi a região Norte, cujas áreas de prestação foram arrematadas pela Claro, por R$ 9,95 milhões.
Cobertura nacional
Por 13,014 milhões, a Vivo arrematou no leilão das sobras do SMP, os Estados do Nordeste que faltavam para a complementação da sua cobertura na região e em nível nacional: Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O presidente da Vivo não estipulou um prazo para o início das operações da operadora nos estados do Nordeste, a partir da aquisição das sobras da freqüência, mas ressaltou que os planos são de começar a atuar "em breve".
Lima também informou que, provavelmente, a empresa irá implementar uma rede GSM na região,apesar de não existir qualquer tipo de restrição à adoção do CDMA. A Vivo terá que pagar à Anatel, 10% dos R$ 13,014 milhões - R$ 1,3 milhão de forma imediata para assegurar a compra das licenças na banda L.
Pelo edital do órgão regulador, as empresas ganham três anos de carência para começarem a pagar, o restante da dívida em um prazo de 10 prestações anuais.
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