NYT
Por mais de dois anos, um grande grupo de engenheiros do Google tem trabalhado em um projeto secreto de um celular. Com os boatos se espalhando, crescem as expectativas sobre o que tem sido apelidado de Google Phone ou apenas GPhone.
Mas o GPhone não será um próximo iPhone, e o objetivo do Google é bem diferente daquele da Apple. O Google quer expandir seu domínio sobre a propaganda online nos celulares, um mercado pequeno que promete crescer rapidamente.
A empresa espera convencer fabricantes e operadoras de celular a vender aparelhos com o seu software. O custo dos celulares poderá ser parcialmente subsidiado por anúncios que aparecerem na tela.
O Google deve revelar ainda este ano qual é o fruto dos seus investimentos em mobilidade, e telefones com a sua tecnologia poderão ser lançados já no ano que vem. Alguns analistas dizem que o impacto não será tão profundo - pelo menos não no começo -, quanto o revolucionário iPhone.
O GPhone, se realmente for lançado, vai ajudar o Google a distribuir seus serviços virtuais , diz Karsten Weide, um analista do IDC. No centro do projeto, está um sistema operacional de código aberto especialmente para aparelhos celulares. Código aberto é igual a software livre e significa que qualquer pessoa com certo conhecimento de informática pode ver como um programa funciona e até modificá-lo.
E mais: o Google deve desenvolver versões móveis dos seus aplicativos, que vão muito além dos mecanismos de buscas e mapas online oferecidos atualmente. Deve até ser lançado um navegador para os telefones acessarem páginas da web.
Ou seja, o Google não está criando um concorrente do iPhone, mas um software alternativo ao Windows Mobile (o sistema operacional para celulares da Microsoft) e a outros programas do tipo.
A estratégia do Google é liderar a criação de um sistema em código aberto para drenar o dinheiro do modelo de negócios do Windows Mobile , diz um dos executivos, que não quis se identificar.
O Google se recusou comentar seus planos. Mas o seu chefe executivo, Eric E. Schmidt, já disse várias vezes que o mercado de celulares representa a maior oportunidade de crescimento do Google. Temos um investimento grande em celulares e aplicativos móveis , disse em entrevista neste ano.
Analistas dizem que o Google enfrenta um desafio significativo. Gerenciar um site ou uma ferramenta de busca é uma coisa. Mas, desenvolver um telefone é um jogo totalmente diferente. Não vai ser fácil para eles , diz Weide, do IDC.
Weide acrescenta que o impacto do Google na indústria de celulares vai depender da sua habilidade em fechar acordos com os fabricantes que vendem centenas de milhões de aparelhos a cada ano e, na maioria das vezes, escolhem qual software vai rodar neles.
Arun Sarin, chefe executivo da operadora britânica Vodafone, que já oferece serviços do Google nos seus celulares, diz que não está claro quais funções novas o Google pode trazer. O que falta (no universo dos celulares) que o Google possa preencher? Já é possível acessar os serviços deles por meio de vários aparelhos. Você não precisa de um GPhone para isso , diz Sarin.
O Windows Mobile é distribuído há anos pela Microsoft, que tem acordos com 48 fabricantes e 160 operadoras no mundo. Ainda assim, só 12 milhões de celulares com o sistema foram vendidos este ano, 10% do mercado, segundo o IDC. A Microsoft não quis falar sobre a possível concorrência do Google.
Mas, se os telefones com o programa do Google se tornarem um hit entre os consumidores, as operadoras podem se sentir pressionadas a adotá-lo diz Richard Doherty, diretor da consultoria Evisioneering. Ninguém quer ser o último a seguir o Google.
Por mais de dois anos, um grande grupo de engenheiros do Google tem trabalhado em um projeto secreto de um celular. Com os boatos se espalhando, crescem as expectativas sobre o que tem sido apelidado de Google Phone ou apenas GPhone.
Mas o GPhone não será um próximo iPhone, e o objetivo do Google é bem diferente daquele da Apple. O Google quer expandir seu domínio sobre a propaganda online nos celulares, um mercado pequeno que promete crescer rapidamente.
A empresa espera convencer fabricantes e operadoras de celular a vender aparelhos com o seu software. O custo dos celulares poderá ser parcialmente subsidiado por anúncios que aparecerem na tela.
O Google deve revelar ainda este ano qual é o fruto dos seus investimentos em mobilidade, e telefones com a sua tecnologia poderão ser lançados já no ano que vem. Alguns analistas dizem que o impacto não será tão profundo - pelo menos não no começo -, quanto o revolucionário iPhone.
O GPhone, se realmente for lançado, vai ajudar o Google a distribuir seus serviços virtuais , diz Karsten Weide, um analista do IDC. No centro do projeto, está um sistema operacional de código aberto especialmente para aparelhos celulares. Código aberto é igual a software livre e significa que qualquer pessoa com certo conhecimento de informática pode ver como um programa funciona e até modificá-lo.
E mais: o Google deve desenvolver versões móveis dos seus aplicativos, que vão muito além dos mecanismos de buscas e mapas online oferecidos atualmente. Deve até ser lançado um navegador para os telefones acessarem páginas da web.
Ou seja, o Google não está criando um concorrente do iPhone, mas um software alternativo ao Windows Mobile (o sistema operacional para celulares da Microsoft) e a outros programas do tipo.
A estratégia do Google é liderar a criação de um sistema em código aberto para drenar o dinheiro do modelo de negócios do Windows Mobile , diz um dos executivos, que não quis se identificar.
O Google se recusou comentar seus planos. Mas o seu chefe executivo, Eric E. Schmidt, já disse várias vezes que o mercado de celulares representa a maior oportunidade de crescimento do Google. Temos um investimento grande em celulares e aplicativos móveis , disse em entrevista neste ano.
Analistas dizem que o Google enfrenta um desafio significativo. Gerenciar um site ou uma ferramenta de busca é uma coisa. Mas, desenvolver um telefone é um jogo totalmente diferente. Não vai ser fácil para eles , diz Weide, do IDC.
Weide acrescenta que o impacto do Google na indústria de celulares vai depender da sua habilidade em fechar acordos com os fabricantes que vendem centenas de milhões de aparelhos a cada ano e, na maioria das vezes, escolhem qual software vai rodar neles.
Arun Sarin, chefe executivo da operadora britânica Vodafone, que já oferece serviços do Google nos seus celulares, diz que não está claro quais funções novas o Google pode trazer. O que falta (no universo dos celulares) que o Google possa preencher? Já é possível acessar os serviços deles por meio de vários aparelhos. Você não precisa de um GPhone para isso , diz Sarin.
O Windows Mobile é distribuído há anos pela Microsoft, que tem acordos com 48 fabricantes e 160 operadoras no mundo. Ainda assim, só 12 milhões de celulares com o sistema foram vendidos este ano, 10% do mercado, segundo o IDC. A Microsoft não quis falar sobre a possível concorrência do Google.
Mas, se os telefones com o programa do Google se tornarem um hit entre os consumidores, as operadoras podem se sentir pressionadas a adotá-lo diz Richard Doherty, diretor da consultoria Evisioneering. Ninguém quer ser o último a seguir o Google.
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