14.7.08

Mercado de conteúdo móvel deve chegar a US$ 8,93 bilhões em 2014

 
De acordo com estudo da consultoria Frost & Sullivan, esses serviços foram responsáveis por 3,1% das receitas totais com telefonia no ano passado e cresceram quase 50% na soma entre Brasil e México.

Um novo estudo da Frost & Sullivan apresentou números sobre os serviços de conteúdo móvel na América Latina. De acordo com a consultoria, eles têm sido difundidos rapidamente na região e devem crescer mais à medida em que jogos e vídeos ganhem popularidade, uma vez que as aplicações relacionadas a música seguem sendo as de maior demanda. No ano passado, esses serviços foram responsáveis por 3,1% das receitas totais com telefonia, enquanto o número de usuários chegou a 57,1 milhões, ou 31,1% da base de assinantes. A receita desse mercado, que foi de US$ 1,15 bilhão em 2007, deve chegar a US$ 8,93 bilhões em 2014.

"Com as receitas de voz deixando de crescer a taxas impressionantes nos últimos anos, as operadoras latino-americanas de serviços móveis têm investido seus esforços na promoção de dados", explicam os analistas de pesquisas Justina Trotta e Andrés Sciarrotta. “Embora os serviços de mensagens SMS ainda sejam dominantes na região, os serviços de conteúdo móvel estão rapidamente ganhando adeptos”, acrescentam.

Em especial nos dois maiores países latino-americanos, Brasil e México, o crescimento em relação a 2006 foi de 48,5%, com receitas totais de US$ 1,11 bilhão. "No Brasil, cerca de 37,7% do total de 122,8 milhões de assinantes de serviços móveis usaram, pelo menos, um dos conteúdos móveis no ano passado. Os de música representaram 38,1% das receitas desse mercado, gerando US$ 250,2 milhões em 2007,” afirma Trotta.

Apesar do cenário favorável, existem alguns fatores que impedem uma expansão maior, segundo a Frost & Sullivan: o desinteresse de alguns usuários, que ignoram os recursos disponíveis ou acham que é difícil utilizar os serviços, ou a não compatibilidade dos aparelhos com alguns tipos de conteúdo, como jogos e vídeos. Para Trotta, as operadoras devem realizar esforços coordenados para educar os usuários em relação aos recursos de seus celulares e tornar os portais WAP mais fáceis de usar.


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