Daniela Moreira |
SÂO PAULO - A AES Eletropaulo Telecom vai iniciar sua oferta de banda larga pela rede elétrica no primeiro trimestre de 2009. A tecnologia de BPL (Broaband Powerline) permite distribuir o sinal de internet pela rede elétrica. Assim, todas as tomadas dentro de um apartamento equipado com o sistema funcionam como pontos de acesso à internet.
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A empresa já investiu R$ 20 milhões nos pilotos, que começaram em novembro de 2007. A tecnologia já está disponível em 300 prédios, porém apenas usuários de 20 edifícios pioneiros estão de fato testando o sistema. Segundo Teresa Vernaglia, diretora geral da AES Eletropaulo Telecom, os primeiros testes revelam entusiasmo com a tecnologia. “O que agrada o usuário é a portabilidade, a possibilidade de ter a internet em todas as tomadas da casa”, diz a executiva.Para lançar o serviço comercialmente, a AES depende de autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas as perspectivas são otimistas, segundo Teresa.
Ela afirmou que a empresa já negocia com operadoras de serviços de banda larga e espera que a oferta chegue ao mercado no primeiro trimestre de 2009. Os equipamentos necessários, da fabricante norte-americana Current, já foram homologados pela Anatel.
Preço e disponibilidade
Segundo Teresa, o serviço de BPL deve chegar ao mercado com preços compatíveis ao de tecnologias já oferecidas pelas operadoras.
A tecnologia permite oferecer uma velocidade real de até 80 Mbps (megabits por segundo) por edifício. A distribuição da banda pode ser feita de acordo com a demanda de casa usuário. A AES garante igual velocidade para upload e download.
A AES já possui uma rede de 2 mil quilômetros de fibra ótica em uma região que cobre 24 municípios em São Paulo. Potencialmente, o serviço pode chegar a cerca de 4,5 milhões de residências e mais de 700 mil pequenas e médias empresas.
Para oferecer o BPL é necessário integrar a rede de fibra óptica, que trafega dados, à rede de energia elétrica. Isso pode ser feito no poste, levando o sinal por meio do cabo de baixa tensão que chega ao edifício, ou levando a fibra para dentro do edifício.
O que está em teste, por enquanto, é a segunda modalidade, já que a primeira – que garante maior capilaridade – envolve autorização da Aneel.
Durante os testes, a companhia identificou problemas de interferência de eletrodomésticos no desempenho da rede, porém afirma já ter conseguido contorná-los com filtros para as tomadas.
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